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Bolsas da Europa caem, após dado alemão negativo e com techs em baixa

Perspectivas de aperto da política monetária, após uma semana movimentada na agenda de bancos centrais pesaram

Bolsas da Europa caem, após dado alemão negativo e com techs em baixa
Foto: Pixabay

As bolsas da Europa operam em baixa nesta sexta-feira (17), em meio às perspectivas de aperto da política monetária, após uma semana movimentada na agenda de bancos centrais. A queda em indicador de confiança de empresas na Alemanha e o avanço da variante ômicron do coronavírus também compõem o cenário de cautela.

Por volta das 06h35 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,63%, a 473,45 pontos. As perdas nos mercados são puxadas sobretudo por papéis de tecnologia, com o subíndice do setor em baixa de 1,48%, a 764,86 pontos.

A cautela nas mesas de operações europeias é observada desde a abertura do pregão. Após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) acelerar a retirada de estímulos, na quarta-feira, ontem, o Banco da Inglaterra (BoE) aumentou a taxa básica de juros em 15 pontos-base, a 0,25%. Já o Banco Central Europeu (BCE) confirmou que o programa emergencial de compras de ativos terminará em março de 2022.

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O quadro castigou principalmente as ações de empresas de tecnologia em Wall Street ontem, com o Nasdaq em baixa de mais de 2%. O clima negativo se estendeu para as sessões asiáticas, durante a madrugada, e europeia, nesta manhã.

No Velho Continente, a aversão ao risco se agravou na última hora, após a divulgação de dado na Alemanha. Segundo o Instituto Ifo, o índice de sentimento das empresas no país recuou de 96,5 em novembro a 94,7 em dezembro – abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda a 95,4.

A piora no cenário macroeconômico segue a deterioração da pandemia na região, que já enfrentava uma nova onda de casos antes mesmo da emergência da ômicron. A França voltou a endurecer restrições a viajantes que chegam do Reino Unido, que tem renovado sucessivos recordes diários de infecções.

Entre outros indicadores, a agência de estatísticas alemã, Destatis, revelou que a inflação ao produtor no país saltou 19,2% na comparação anual de novembro, maior alta em 70 anos. Já as vendas no varejo do Reino Unido subiram 1,4% no mês passado ante outubro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).

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No horário citado acima, a Bolsa de Londres perdia 0,08%, Frankfurt cedia 0,67%, Paris baixava 0,69% e Milão caía 0,96%. Nas praças ibéricas, Lisboa recuava 0,52% e Madri diminuía 0,76%. No câmbio, o euro se desvalorizava a US$ 1,1332 e a libra subia a US$ 1,3328. Já o índice DXY – que mede o dólar ante seis rivais fortes – caía 0,06%, a 95,985 pontos.

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