As bolsas da Europa operam em baixa significativa na manhã desta sexta-feira, com perdas superiores a 1% em várias praças, à medida que expectativas de que os juros nos EUA irão subir de forma agressiva se consolidaram após os fortes dados de inflação do país e comentários favoráveis à retirada de estímulos de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Neste cenário, indicadores europeus divulgados mais cedo, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, ficaram em segundo plano.
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A aversão a risco é evidente desde a abertura dos negócios europeus. Ontem, os últimos números de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA vieram acima do esperado, reforçando temores de que o Fed terá de elevar juros múltiplas vezes e em ritmo mais forte este ano. Já o presidente da distrital do BC americano em St. Louis, James Bullard, admitiu que ficou “dramaticamente” mais hawkish após os dados e defendeu que os juros sejam elevados em 100 pontos-base até julho.
Os mercados acionários de Nova York, que ontem já tiveram perdas robustas, devem manter o tom negativo hoje, segundo os índices futuros de Wall Street.
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No noticiário macroeconômico, destaque para o PIB do Reino Unido, que cresceu 1% no quarto trimestre de 2021 ante os três meses anteriores, um pouco menos do que o esperado. No fechamento do ano, a economia britânica avançou 7,5%, após sofrer um tombo de 9,4% em 2020 em meio aos efeitos da pandemia de covid-19. Já a produção industrial do Reino Unido subiu 0,3% em dezembro ante novembro, superando ligeiramente o consenso de analistas. Na Alemanha, o CPI anual desacelerou para 4,9% em janeiro, confirmando estimativa preliminar.
Às 7h32 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,78%, a de Frankfurt recuava 0,71% e a de Paris se desvalorizava 1,25%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 1,50%, 1,25% e 1,45%, respectivamente.
No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1390, de US$ 1,1440 no fim da tarde de ontem, enquanto a libra caía marginalmente a US$ 1,3554, de US$ 1,3556 ontem.