As bolsas na Europa fecharam na grande maioria em queda nesta sexta-feira (17), ao final de uma semana marcada por decisões de importantes de bancos centrais, com muitos deles apertando suas políticas monetárias para tentar conter a escalada inflacionária. Indicadores estiveram em foco no dia, entre eles um dado negativo de sentimento das empresas da Alemanha e a leitura final do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro em novembro.
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O índice pan-europeu Stoxx 600, que avalia o desempenho das ações de empresas por todo o continente, caiu 0,56%, a 473,90 pontos. Na semana, ele recuou 0,35%.
O CPI da zona do euro subiu 4,9% em novembro, na comparação anual. O núcleo do dado avançou 2,4% em novembro, na mesma comparação, seu segundo nível mais alto em 2021. Para a Capital Economics, os dados do CPI mostram que o avanço dos preços não é fruto apenas dos custos mais altos com energia e dos desequilíbrios globais entre oferta e demanda por bens duráveis. “A inflação de serviços também tem aumentado”, comenta a consultoria, projetando que “no mínimo” levará até o fim de 2022 para que o índice cheio da inflação fique abaixo da meta de 2%.
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Na Alemanha, o dia foi marcado por mais um indicador de inflação que reforçou a preocupação com o cenário inflacionário global. O PPI alemão saltou 19,2% na comparação anual de novembro, maior alta em 70 anos. Além disso, o índice Ifo de sentimento das empresas recuou a 94,7 em dezembro, abaixo da previsão de 95,4. Após o dado do instituto Ifo, o quadro piorou nos mercados, com mínimas nas bolsas europeias, também diante da cautela com a variante ômicron do coronavírus.
Além disso, o Bundesbank (banco central alemão) cortou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha em 2021, de 3,7% a 2,5%. A instituição também reduziu as estimativas para a expansão econômica em 2022 (de 5,2% a 4,2%), mas elevou a de 2023, de 1,7% a 3,2%. As projeções para o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) passaram de 2,6% a 3,2% em 2021 e, no próximo ano, de 1,8% a 3,6%.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,67%, a 15.531,69 pontos, com baixa semanal de 0,59%. Na Bolsa de Paris, o CAC 40 recuou 1,12%, a 6.926,63 pontos, em queda de 0,93% na semana. Em Milão, o índice FTSE MIB teve hoje queda de 0,64%, a 26.611,41 pontos, com perda semanal de 0,41%. Nas praças ibéricas, o Ibex 35 em Madri caiu 0,82%, a 8.311,60 pontos, em baixa de 0,58% na semana, enquanto o PSI 20, em Lisboa, recuou 0,14%, a 5.439,93 pontos, com baixa de 0,94% na comparação semanal.
Apenas a Bolsa de Londres se destacou da tendência negativa do mercado europeu, fechando o pregão com o índice FTSE 100 em alta de 0,13%, a 7.269,92 pontos. Na semana, porém, o FTSE 100 caiu 0,30%.
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