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Bolsas da Europa fecham sem sinal único, mas com maioria em alta

Rali de fim de ano foi limitado por avanço da ômicron e bolsas de Londres e Lisboa caíram

Resultado das principais bolsas de valores da Europa. REUTERS

As bolsas da Europa fecharam com a maioria dos índices em alta, invertendo os resultados do pregão anterior, com queda em Londres e Lisboa. Investidores tentam firmar o tradicional rali de fim de ano nos mercados acionários, mas têm ímpeto limitado pelo vertiginoso avanço da variante Ômicron do coronavírus na região.

O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne as principais ações do continente, fechou em alta de 0,15%, a 488,71 pontos.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou ontem para o risco de que a confluência entre as cepas Ômicron e Delta provoque um “tsunami” de casos de covid-19. “Isso continuará a colocar uma pressão imensa sobre os profissionais de saúde exaustos e os sistemas de saúde à beira do colapso”, advertiu Tedros.

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Apesar dos números recentes alarmantes, a resistência dos governos em implementar restrições duras à mobilidade ajuda a tranquilizar investidores. Com a liquidez deprimida pelas festividades de fim de ano, os sinais divergentes dificultam o estabelecimento de um rumo definido nos mercados.

O dia foi marcado também por declarações de membros do Banco Central Europeu sobre a inflação na zona do euro. Para Robert Holzmann, a inflação atingirá o pico no início de 2022 e depois enfraquecerá lentamente, fazendo com que o BC se concentre em eliminar gradualmente as taxas de juros negativas e a política monetária não convencional no próximo ano.

Já Ignazio Visco disse hoje que as previsões divulgadas pela instituição de inflação abaixo de 2% em 2023-24 na zona do euro “estão, naturalmente, sujeitas a riscos tanto de baixa quanto de alta”. Segundo Visco, o impacto final sobre a economia da zona do euro da variante Ômicron era desconhecido no momento das projeções.

Em entrevista exclusiva ao alemão Börsen-Zeitung, Klaas Knot disse que um aumento da taxa de juros em 2022 é improvável, o que não se aplica a 2023. Knot deixou claro que é um dos que “não estão totalmente convencidos” de que a inflação na zona do euro voltará a cair abaixo dos 2% no médio prazo. Olhando para as projeções atuais do BCE de 1,8% de inflação em 2023 e 2024, Knot acredita que o banco central está pelo menos “muito, muito perto da ‘missão cumprida'”. Os riscos de inflação estão atualmente “claramente direcionados para cima”, acredita.

O DAX, da Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 0,21%, aos 15.884,86 pontos, e o CAC 40 em Paris subiu 0,16%, aos 7.173,23 pontos, enquanto o FTSE MIB avançou apenas 0,01% em Milão, aos 27.346,50 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve alta de 0,46%, aos 8.713,80 pontos no fechamento do pregão.

O FTSE 100, da bolsa de Londres, foi o destaque negativo entre as praças europeias, fechando em queda de 0,24%, aos 7.403,01 pontos, na mínima do dia. Em Portugal, o índice PSI-20 recuou 0,05%, aos 5.571,67 pontos.

Amanhã, os negócios ficarão fechados na Itália, Alemanha e Espanha, enquanto Reino Unido, França e Portugal operam com um pregão mais curto.