Últimas notícias

Bolsas da Europa fecham em alta, atentas a crise no Reino Unido

O índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres (foto), subiu 1,17%

Pedestre caminha em frente à Bolsa de Valores de Londres 24/08/2015 REUTERS/Suzanne Plunkett

Por Letícia Simionato – As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira. O clima é de recuperação após as perdas de ontem, apesar de temores com a possibilidade de recessão ainda persistirem. Investidores monitoraram indicadores econômicos da região e a escalada de demissões de integrantes do governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

O índice Stoxx 600, que reúne as principais empresas de capital aberto listadas na região, encerrou a sessão em alta de 1,66%, a 407,34 pontos.

As encomendas à indústria da Alemanha tiveram leve alta de 0,1% em maio ante abril, surpreendendo analistas que previam recuo de 0,3%. Por outro lado, as vendas no varejo da zona do euro subiram 0,2% em maio ante abril, um pouco abaixo da expectativa de analistas, que previam alta de 0,3%.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Além disso, no radar dos investidores está a crise política no Reino Unido. Mais seis integrantes do governo pediram demissão nesta quarta-feira. Ontem, os titulares das Finanças, da Saúde e da Justiça haviam feito o mesmo. Apesar disso, o premiê Johnson afirmou mais cedo que pretende permanecer no posto, embora tenha admitido que pode renunciar caso a situação fique inviável.

Legisladores e oposicionistas pressionam o político a deixar o posto. Um deputado relatou que, segundo a imprensa, há uma comitiva de membros ainda no governo esperando Johnson voltar à sede do governo para lhe dizer que não há mais como ele permanecer como premiê. Para a Eurasia, a crise deve derrubar o primeiro-ministro. A consultoria estima 90% de chances de que o premiê seja alvo de nova votação de confiança e apenas 10% de que ele lidere o Partido Conservador nas próximas eleições.

O mercado também está na expectativa pela divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) hoje e pela do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira. “O desafio para os bancos centrais é muito grande no momento. É muito importante que eles comuniquem claramente sua determinação em combater a inflação”, disse o Santander Asset Management. O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, alertou nesta quarta-feira que a economia do Reino Unido vai desacelerar para a estagnação nos próximos 12 meses e reiterou sua preferência por uma abordagem “de mão firme” no processo de aumento de juros, ressaltando que grandes aumentos da taxa básica poderiam ser contraproducentes.

O índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres, subiu 1,17%, a 7.107,77 pontos. Papéis da IAG (+2,80%), Rio Tinto (+1,0%) e Antofagasta (+2,01%) subiram. Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 1,56%, a 12.594,52 pontos, enquanto em Paris, o CAC 40 teve alta de 2,03%, a 5.912,38 pontos. Já em Milão, o FTSE MIB se valorizou 1,04%, a 20.920,99 pontos. Nas praças ibéricas, o PSI 20, de Lisboa, subiu 0,08%, a 5884,09 pontos. Em Madri, o IBEX 35 cedeu 0,14%, a 7.948,60 pontos, com papéis do Santander em queda ( -1,65%).

* Com informações da Dow Jones Newswires