Por Gabriel Bueno da Costa – Os mercados acionários da Europa operam em baixa, nesta sexta-feira, prolongando as perdas de ontem, quando o Banco Central Europeu (BCE) sinalizou que elevará os juros em julho e setembro. Hoje, a inflação e seus efeitos, como aperto monetário, segue em foco.
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O índice pan-europeu Stoxx 600 operava em queda de 1,28%, em 428,84 pontos, às 6h45 (de Brasília).
Na agenda local, o Bundesbank publicou relatório com projeções atualizadas. O BC da Alemanha projeta que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) suba 7,1% no país neste ano, desacelerando para alta de 4,5% em 2023. O relatório contém ainda um “cenário de risco alternativo”, com inflação de 7,6% neste ano, caso a Rússia pare totalmente de realizar embarques ao país no setor de energia.
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Entre os dirigentes do BCE, François Villeroy de Galhau afirmou mais cedo que a inflação na zona do euro está não apenas muito elevada, mas também disseminada. Ele previu elevações de juros “graduais, mas sustentadas” para conter o quadro.
Na China, o CPI subiu 2,1% em maio, na comparação anual, abaixo da previsão de alta de 2,2%, e o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) avançou 6,4% em maio, na mesma comparação, um pouco abaixo da expectativa de alta de 6,3%. Para a Capital Economics, a inflação na China não preocupa muito e deve ficar abaixo da meta de 3% do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), abrindo espaço para mais relaxamento monetário.
Há agora expectativa pelo CPI dos EUA, que sai às 9h30, por suas implicações para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Às 6h53, a Bolsa de Londres caí 1,30%, Frankfurt recuava 1,47% e Paris, 1,48%. Milão operava em baixa de 3,17% e Lisboa, de 1,68%. No câmbio, o euro caía a US$ 1,0592 e a libra tinha baixa a US$ 1,2452.
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