As bolsas europeias operam em alta moderada na manhã desta sexta-feira, após uma abertura sem fôlego, à medida que um significativo avanço de ações de bancos ajuda a aliviar preocupações com crescimento e inflação, num momento em que a Europa enfrenta a perspectiva de ter de pagar pelo gás russo em rublos.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou cortar o fornecimento de gás natural a “países não amigáveis” a partir de hoje, a menos que as compras sejam feitas na moedas local, o rublo.
A iniciativa vem em meio ao crescente isolamento econômico de Moscou, que sofre os efeitos de sanções globais impostas após a invasão da Ucrânia. Não houve sinais de alívio significativo no conflito russo-ucraniano, apesar de recentes negociações bilaterais na Turquia. Segundo o lado ucraniano, as conversas deverão ser retomadas hoje.
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Às 7h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,64%, a 458,76 pontos. Apenas o setor bancário se valorizava 1,7%.
Investidores na Europa também digerem uma série de dados de atividade econômica e inflação que mostram claramente os impactos da guerra. A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu recorde de 7,5% em março, superando de longe as expectativas, enquanto o PMI industrial do bloco recuou em março ao menor patamar em 14 meses. Na Alemanha e no Reino Unido, a atividade manufatureira também atingiu os menores níveis em vários meses.
Nas próximas horas, as atenções vão se voltar para o desempenho econômico dos EUA, com a divulgação do relatório de emprego – o chamado “payroll” – e de PMIs da indústria.
Também às 7h15, a Bolsa de Londres subia 0,25%, a de Frankfurt avançava 0,46% e a de Paris apresentava ganho de 0,54%. Já as de Milão e Madri exibiam altas de 0,82% e 0,95%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa caía 0,38%.
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No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1051, de US$ 1,1064 no fim da tarde de ontem, enquanto a libra se enfraquecia marginalmente a US$ 1,3134, de US$ 1,3136 ontem.