As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta, em sessão que contou com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro e do Reino Unido. Nos dois casos, as leituras favoreceram uma percepção de que os respectivos bancos centrais deverão adotar uma postura mais branda daqui em diante para lidar com a inflação.
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Investidores aguardam ainda a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) após o fim do pregão europeu, quando é esperado um corte de 25 pontos base na taxa de juros do banco central americano. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,16%, a 514,50 pontos.
O Índice de Preços ao Consumidor britânico acelerou à taxa anual de 2,6% em novembro. Sem surpresas, o indicador elevou as apostas por relaxamento monetário do Banco da Inglaterra (BoE) ao longo de 2025, que haviam sido drasticamente reduzidas na terça-feira (17), na esteira de dado que mostrou avanço dos salários. Para quinta-feira (19), a expectativa ainda é pela manutenção da taxa básica do BOE.
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Em Londres, o FTSE 100 (índice da Bolsa de Valores de Londres) subiu 0,05%, a 8.199,11 pontos. O CPI anual da zona do euro acelerou para 2,2% em novembro, ante 2,0% em outubro. O resultado final de novembro ficou abaixo da leitura prévia e da previsão de analistas consultados pela FactSet, ambas de 2,3%.
Para o Commerzbank, a tendência de queda lenta da taxa básica continua. O banco espera que a inflação subjacente enfraqueça ainda mais nos próximos meses, o que deverá encorajar o BCE a reduzir ainda mais as taxas diretoras no próximo ano.
O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou nesta quarta-feira que os dados recentes são consistentes com o retorno da inflação à meta de 2% de forma sustentada na zona do euro.
Lane disse que os indicadores também sugerem um arrefecimento nas dinâmicas preços de serviços, o que deve apoiar contínuo alívio da inflação doméstica.
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O dirigente defendeu uma abordagem “ágil” para a política monetária, em um quadro de incertezas elevadas. A postura pressupõe que as decisões serão tomadas individualmente a cada reunião e que a instituição não está comprometida com uma trajetória predefinida para os juros, explicou.
Entre os principais movimentos individuais, a ação da Renault saltou 5,55% em Paris, após relatos de que a Honda negociará uma fusão com a Nissan, da qual a montadora francesa é acionista.
As empresas evitaram confirmar as discussões formais, mas reconheceram que estudam potenciais “colaborações futuras”. Na cidade, o CAC 40 subiu 0,26%, a 7.384,62 pontos.
Em Milão, UniCredit subiu 1,31%, depois que o banco ampliou a 28% a participação no Commerzbank, cujo papel ganhou 1,63% em Frankfurt, onde o DAX avançou 0,07%, a 20.260,90 pontos. Na cidade italiana, o FTSE MIB avançou 0,25%, a 34.400,99 pontos.
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Nas bolsas europeias de Madri, o Ibex35 teve alta de 0,36%, a 11.629,40 pontos. Por outro lado, o PSI 20 caiu 0,28%, a 6.294,53 pontos, em Lisboa.