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Bolsas de NY fecham em alta, com turbulências sobre bancos em foco

Investidores ponderavam sobre turbulências no Deutsche Bank

Bolsas de NY fecham em alta, com turbulências sobre bancos em foco
Operadores trabalham no salão da Bolsa de Valores de Nova York 16/03/2020 REUTERS/Lucas Jackson/File Photo

As bolsas de Nova York fecharam em alta, após registrar perdas durante maior parte do pregão. Os índices reverteram sinal no final da tarde, à medida que investidores ponderavam sobre turbulências no Deutsche Bank e falas de autoridades garantindo a solidez do sistema bancário nos Estados Unidos e na Europa.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,41%, a 32.237,53 pontos; o S&P 500 avançou 0,56%, a 3.970,99 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,31%, a 11.823,96 pontos. Na semana, os índices avançaram 1,18%, 1,39% e 1,66%, respectivamente.

Entre as ações de destaque, o Morgan Stanley recuou 2,20%, o Citi cedeu 0,78%, o Goldman Sachs teve queda de 0,72% e o JP Morgan perdeu 1,52%.

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Na divisão de setores do S&P 500, o setor financeiro também encerrou o dia em baixa de 0,06%, embora tenha recuperado a maior parte das suas perdas. Este setor recuou cerca de 14% nas últimas três semanas, enquanto o próprio índice de referência caiu por volta de 2%, segundo levantamento do Dow Jones Market Data. A última vez que o setor caiu neste nível foi quando o índice de referência recuou pelo menos 3%, em 2009.

Analista da Oanda, Edward Moya observa que a redução das perdas acompanha o crescimento da pressão sobre o Tesouro dos Estados Unidos e reguladores financeiros enfrentarem os riscos de contágio bancário, ao mesmo tempo em que o mercado aposta em um corte de taxas pelo Federal Reserve(Fed). Por volta do horário citado, a plataforma de monitoramento do CME Group mostrava expansão na probabilidade de pausa no aperto monetário na próxima reunião do Fed, em 90,1% (de 72,6% ontem), com 9,9% de possibilidade de nova alta de 25 pontos-base (de 27,4% ontem).

No entanto, as bolsas ficaram pressionadas durante a maior parte desta sessão, após o Deutsche Bank reacender temores de novas turbulências sobre sistema bancário dos Estados Unidos e Europa. Hoje, os Credit Default Swaps (CDS) – instrumento financeiro de proteção contra eventual calote – do banco atingiram nível máximo em quatro anos. Após reunião hoje, a União Europeia emitiu comunicado garantindo a solidez do setor local, “com fortes posições de capital e liquidez”, e a Reuters reportou que o BCE buscava tranquilizar líderes do bloco sobre a estabilidade bancária.

Durante participação em eventos, dirigentes do Fed também reforçaram a saúde do setor bancário dos EUA. O presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic garantiu que o sistema está “sólido e resistente”, permitindo que os dirigentes mantenham seu foco no combate à inflação. Presidente da distrital de St. Louis, James Bullard defendeu que o BC americano ainda pode ser capaz de desacelerar a inflação provocando apenas um pouso suave sobre a economia dos EUA.