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Bolsas de NY fecham em baixa, com temores por setor bancário

Além disso, o dia contou com a publicação de indicadores econômicos nos EUA

Bolsas de NY fecham em baixa, com temores por setor bancário
Operador trabalha no salão da Bolsa de Valores de Nova York, Manhattan, EUA 20/05/2022 REUTERS/Andrew Kelly

As bolsas de Nova York fecharam em baixa hoje, em um cenário de cautela diante da persistência dos riscos no setor bancário e as ameaças de um default pelo governo dos Estados Unidos. Além disso, o dia contou com a publicação de indicadores econômicos que reforçaram a visão de maior aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed), o que também foi indicado pelos comentários de uma diretora da autoridade.

O índice Dow Jones encerrou o pregão em queda de 0,03%, a 33.300,62 pontos; o S&P 500 caiu 0,16%, a 4.124,08 pontos; e o Nasdaq recuou 0,36%, a 12.284,74 pontos. Na semana, as baixas foram de 1,11%, 0,29%, respectivamente, e alta de 0,40% do Nasdaq.

As ações dos EUA estão mais fracas com a persistência do nervosismo bancário e após uma dose constante de lembretes de todos os riscos que permanecem sobre a mesa, avalia Edward Moya, analista da Oanda. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, reiterou que um default no país seria “uma catástrofe econômica e financeira”. Além disso, a diretora do Fed Michele Bowman alertou que a autoridade provavelmente precisará aumentar ainda mais as taxas de juros e mantê-las mais altas por algum tempo se a inflação continuar elevada.

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Uma guinada agressiva na linguagem do Fed para um viés dovish parece menos provável após a Universidade de Michigan informar queda no índice do sentimento do consumidor e aumento nas expectativas de inflação de 10 anos, disse hoje a Pantheon Macroeconomics. As expectativas de inflação de longo prazo saltaram para uma alta de 12 anos em 3,2%. Além da deterioração do sentimento e das condições atuais, as expectativas caíram para os níveis mais baixos desde julho. “O consumidor está ficando bastante sombrio e se as expectativas de inflação continuarem elevadas, isso pode forçar o Fed a apertar ainda mais”, avalia Moya.

“Dada toda a resiliência da economia dos EUA que vimos até agora, é difícil argumentar que estamos vendo fraqueza suficiente no setor de serviços para justificar qualquer chance de que a inflação caia para 3,0% em breve. A menos que a crise de crédito piore muito ou o Fed acabe tendo que entregar mais aumentos de juros, podemos ver o processo de desinflação sofrer nos próximos meses”, afirma o analista da Oanda.

Entre os papéis, a Walt Disney caiu 0,35%, seguindo ainda a derrocada desde a publicação de seu balanço. A Tesla recuou 2,38%, em meio a especulações sobre o CEO da empresa, Elon Musk. O bilionário confirmou, há pouco, que Linda Yaccarino, ex-executiva da emissora NBC, o substituirá no cargo de CEO do Twitter.

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