As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje, em uma sessão que prossegue a recuperação nos ativos de risco após o choque causado pelas tensões entre Israel e Irã. Além disso, a divulgação de uma queda no índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em abril deu indicações de uma possível postura mais branda do Federal Reserve (Fed).
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Ainda neste cenário, investidores ficaram atentos à publicação de uma série de balanços importantes. O índice Dow Jones subiu 0,69%, aos 38.503,69 pontos; o S&P 500 subiu 1,20% aos 5.070,52 pontos; e o Nasdaq avançou 1,59%, aos 15.696,64 pontos.
Para o Citi, a queda do PMI composto americano ao menor nível em quatro meses sugere uma incipiente desaceleração do mercado de trabalho do país, o que deve justificar um ritmo de alívio monetário no país mais rápido que o precificado atualmente. O mercado voltou a ver como mais provável o cenário de cortes de juros acumulados de 50 pontos-base nos EUA em 2024 – dois cortes individuais, se considerado o ritmo de 25 pontos-base por ajuste – , depois de as apostas terem migrado para baixa de apenas 25 pontos-base na semana passada. A probabilidade de o Fed reduzir taxas em 50 pontos-base (ou empregar dois cortes de 25 pontos-base) até dezembro subiu a 34,7%, de 32,8% ontem, segundo o monitoramento do CME Group.
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Enquanto isso, a temporada de balanços corporativos nos EUA rouba a cena. As ações da Spotify foram destaque positivo nos negócios, com salto de 11,41%, após a companhia superar expectativas de lucro e receita no primeiro trimestre. Na ponta oposta, os papéis da aérea JetBlue amargaram perdas de 18,77%, com o mercado cético quanto ao tempo de recuperação dos números da empresa.
As ações da Pepsico tiveram queda de 2,91%. Apesar de ter superado expectativas de lucro e receita no primeiro trimestre, sua unidade Quaker Foods North America sofreu prejuízo no período em meio a recalls de produtos, e azedou a reação do mercado aos resultados.
A Tesla avançou 1,80%, com sua publicação de resultado após o fechamento do mercado representando a primeira dentre as chamadas “7 Magníficas”. O Deutsche Bank aponta que as quedas recentes da Tesla são interessante de se avaliar, já que o mercado apostava firmemente nos veículos elétricos (VE) há três anos, assim como hoje faz com a inteligência artificial (IA).
Por sua vez, o setor enfrentou uma série de dificuldades, incluindo a concorrência chinesa. “A IA emergiu e assumiu o papel de queridinha da tecnologia esmagadoramente dominante nos mercados. Embora tenhamos sido muito otimistas quanto à capacidade da IA para mudar o mundo no futuro, é quase impossível compreender como valorizar as empresas que estão atualmente a instalando os canais e a infraestrutura da IA”, aponta o banco. “A IA pode seguir um caminho muito diferente da mania VE, mas vale a pena pelo menos estar ciente do modelo’, destaca.
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