Após dizer que a Petrobras “só dá dor de cabeça” e pedir à equipe econômica para estudar a possibilidade de privatizá-la, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (28) que a estatal precisa reduzir sua margem de lucro.
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“Tem que ser empresa que dê lucro não muito alto, como tem dado. Além de lucro alto para acionista, a Petrobras está pagando dívidas bilionárias”, afirmou Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais, sem considerar que o principal acionista da companhia é o próprio governo federal. No entanto, o presidente prometeu que não haverá quebras de contratos.
Preocupado com o impacto da alta dos combustíveis em sua popularidade, o chefe do Executivo tem criticado, nas últimas semanas, a política de preços da Petrobras e acenado para a privatização da empresa. Como mostrou o Broadcast, porém, a possibilidade ainda é considerada como algo distante para analistas e bancos. Na segunda-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também defendeu a privatização e afirmou que a estatal não valerá nada nos próximos 30 anos.
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A política de preços da companhia de petróleo foi novamente criticada por Bolsonaro nesta quinta-feira. “A Petrobras é obrigada a aumentar o preço, porque ela tem que seguir a legislação. E nós estamos tentando buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido”, afirmou o presidente. “Ninguém entende o preço do combustível estar atrelado ao dólar”, acrescentou, dizendo também, em meio a pressão de caminhoneiros, que o diesel importado “influencia pesadamente” o preço do produto no Brasil.
Em uma insistência de retórica, Bolsonaro voltou a cobrar governadores durante a live para reduzir o ICMS incidente sobre os combustíveis e disse estar “provocando o debate” sobre a questão. “Não pretendo por lei ou decisão judicial interferir no ICMS”, afirmou. “Eu garanto que o cobrado de imposto federal, da nossa parte, vai ficar congelado”, acrescentou.
O horário da transmissão ao vivo de Bolsonaro foi antecipado sem aviso prévio nesta quinta-feira. Ele costuma realizar a live às 19 horas, mas resolveu adiantar em razão de sua viagem à Itália, onde participará da cúpula do G20 e receberá homenagem.