O Bradesco BBI avalia como “misto/neutro” o possível aumento de capital da Hapvida (HAPV3). No entanto, considera que a necessidade de caixa pode sugerir que os ganhos e fluxo de caixa da companhia estejam piores do que o mercado realmente acredita. Nesse cenário, o banco reduziu o preço-alvo de R$ 6 para R$ 4,50, potencial alta de 54% ante o último fechamento, e reiterou a recomendação neutra.
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“Mantemos nossa classificação neutra devido ao fraco momento e falta de visibilidade sobre os ganhos”, argumentam os analistas Marcio Osako e Caio Rocha.
No entanto, ponderam que a ação agora está sendo negociada a um preço relativamente atraente de 14 vezes preço/lucro estimado para 2024 (ajustando seu valor de mercado por um valor mais conservador de R$ 3,6 bilhões em relação ao valor presente líquido da amortização do ágio).
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Em relação ao aumento de capital, o Bradesco BBI aponta que a atual posição de caixa da Hapvida parece apertada para enfrentar um cenário geral desafiador e cumprir com suas obrigações no curto prazo, o que justificaria a estratégia. Os analistas destacam que a alavancagem fechou em 3,4x a dívida líquida/Ebitda no quarto trimestre de 2022 ou 4,1x considerando R$ 1,2 bilhão em obrigações, depósitos judiciais ao SUS.
“Além disso, a diluição seria baixa (3,5%) e uma injeção de capital reduziria as preocupações com solvência”, complementam.