Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) - (Foto: Adobe Stock)
O Bradesco BBI elevou a recomendação da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), a CBA, de neutra para outperform (equivalente a compra), com perspectiva mais construtiva para os preços de alumínio em 2024-2025. O preço-alvo de R$ 10 corresponde a um potencial de valorização de 37,3% sobre o fechamento de segunda-feira (15).
“Assumimos uma perspectiva mais positiva para os preços do alumínio, esperando um déficit de oferta de 160 mil toneladas (kt) para 2024 (ante um superávit de oferta de 125 kt anteriormente)”, afirmam os analistas Rafael Barcellos, Camilla Barder, Matheus Moreira, em relatório enviado a clientes.
O BBI projeta, assim, que CBA reporte um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,4 bilhão em 2024, valor 20% acima das estimativas de consenso. “Além disso, esperamos que o momentum de lucro da CBA acelere nos próximos trimestres – gerando FCF (fluxo de caixa livre) positivo e intensificando o processo de desalavancagem (esperamos que a alavancagem da CBA retorne ao nível de 2,0 vezes a dívida líquida pelo Ebitda no final de 2024)”, acrescenta.
Usiminas e Gerdau
O BBI diz ainda que melhores preços/custos devem impulsionar o sólido momentum de lucros para Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) no segundo semestre de 2024. “Enquanto antecipamos resultados fracos para os produtores de aço brasileiros no segundo trimestre (especialmente Gerdau e Usiminas), vemos espaço para um forte rebote nas margens a partir do terceiro trimestre, impulsionado por uma combinação de melhor realização de preços e custos mais baixos”, afirmam Barcellos, Barder e Moreira.
Em relação à Usiminas, a expectativa é de que custos menores para matérias-primas (por exemplo, placas e coque) e mais ganhos de eficiência do Alto-Forno #3 devem impulsionar uma queda de médio dígito único nos custos em dinheiro no terceiro trimestre de 2024 – o que deve levar o Ebitda da companhia no terceiro trimestre de 2024 para o nível de R$ 800 milhões.
Quanto à Gerdau, os resultados mais fortes no Brasil podem compensar parcialmente uma desaceleração em suas operações na América do Norte, o que deve levar a um sólido rendimento de dividendos em 2024. A projeção é de um rendimento de dividendos de 7% para 2024, contra pares dos EUA com um rendimento de dígito único baixo.
Vale
O BBI também reitera recomendação outperform (equivalente a compra) para Vale (VALE3), mas destaca que a previsibilidade sobre os catalisadores de curto prazo permanece baixa.
“Embora as ações da Vale pareçam baratas, acreditamos que a visibilidade permanece baixa sobre catalisadores potenciais, nomeadamente: os principais candidatos a serem apresentados em setembro como novo CEO da Vale, um possível acordo sobre o acidente de Mariana, um acordo a respeito da renovação antecipada de concessões ferroviárias, e um possível momento positivo para os preços do minério de ferro antes da reunião do Terceiro Plenário da China”, afirmam os analistas.