Os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka, do Bradesco BBI, avaliam que o novo vice-presidente executivo de Finanças, Compras e RI da Vibra (VBBR3), Augusto Ribeiro, anunciado ontem no cargo, não parece ter conhecimento prévio dos negócios do setor onde a empresa está inserida. No entanto, elogiaram a criação de uma vice-presidência ESG, que pode levar melhor a mensagem da transição energética na empresa para o mercado.
Leia também
“Um segmento de negócios para comunicar melhor as decisões de investimento em transição ao mercado é positivo, pois o mercado ainda não entende bem sobre a Comerc e outras joint-ventures da Vibra”, explicam os analistas em nota nesta quarta-feira, 31, um dia depois de a distribuidora de combustíveis anunciar uma reestruturação organizacional.
Na noite de ontem, a Vibra anunciou que criou duas novas vice-presidências e nomeou Augusto Ribeiro como vice-presidente executivo de Finanças, Compras e RI, com prazo de gestão de dois anos, a partir de 3 de julho de 2023. Para a nova vice-presidência de Energia Renovável e ESG, foi escolhida Clarissa Sadock, ex-CEO da AES Brasil.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Em relação a Ribeiro, os analistas observam que “embora pareça altamente qualificado, ele não parece ter conhecimento prévio do setor”. Ribeiro era CFO do PicPay desde 2021 e, antes disso, foi também CEO da Iochpe-Maxion e CFO da BRF.
Mesmo assim, os analistas mantêm a classificação de outperform (equivalente a compra) para as ações da companhia.
“Acreditamos que o fluxo de caixa do acionista e a desalavancagem já estão contratadas este ano com nenhuma grande aquisição; liberação de capital de giro com a queda do preço dos combustíveis; o lucro obtido com a venda de ativos como a ESGas; e a possível queda da taxa de juros no Brasil, sendo a Vibra uma das empresas mais expostas”, afirmam.