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Bradesco pede ao TJ-SP para que e-mails da Americanas sejam revelados

Pedido foi feito em processo de produção antecipada de provas no caso do rombo contábil da varejista

Bradesco pede ao TJ-SP para que e-mails da Americanas sejam revelados
Fachada Americanas Express. Crédito: Sérgio Moraes/Reuters

Ao alegar que os e-mails de atuais e antigos executivos e conselheiros da Americanas estão armazenados em servidores de nuvem mantidos pela Microsoft, a defesa do Bradesco pediu ao Tribunal de Justiça de São Paulo que determine que a empresa de tecnologia colete e apresente cópias das mensagens eletrônicas. O pedido foi feito em processo de produção antecipada de provas no caso do rombo contábil da varejista.

A Justiça do Rio de Janeiro, foro em que está a sede da Americanas, se recusou a cumprir na sede da companhia mandado de busca e apreensão expedido pelo tribunal paulista. “Nessa senda, muito embora a sede estatutária da Americanas, como sabido, fique na capital do Estado do Rio de Janeiro, (..), é fato sabido que os e-mails institucionais da companhia ficam armazenados também nos servidores de nuvem cuja manutenção, em tese, cumpre à Microsoft do Brasil”, diz a peça.

A defesa do banco, feita pelo escritório Warde, pede que o TJ expeça ofício para que a Microsoft deposite no juízo ou permita que a Kroll, escalada para a perícia, retire cópias de todos os e-mails que fazem parte do escopo da produção de provas.

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Os advogados do Bradesco pedem acesso aos e-mails de conselheiros e diretores da companhia, atuais ou que ocuparam cargos ao longo dos últimos dez anos. O pedido foi aceito pelo TJ-SP, que determinou ainda o compartilhamento das provas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que também investiga o assunto.

A defesa da instituição busca encontrar responsáveis pelo rombo contábil, em linha com a pretensão dos bancos de responsabilizar os acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, pelo problema, classificado nas peças como fraude.

Os advogados solicitam ainda que a PWC e a KPMG, que auditaram os balanços da Americanas nos últimos dez anos, preservem correspondências físicas e eletrônicas relacionadas a essas atividades, para a utilização durante a perícia.

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