O Bradesco espera que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) promova quatro aumentos seguidos de 0,5 ponto porcentual dos juros, elevando a taxa a 2,25% em setembro. A partir daí, a autoridade monetária americana deve desacelerar o ritmo a 0,25 ponto por reunião, com juros em 4,0% no terceiro trimestre de 2023.
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“Caso a inflação seja mais persistente, aumentam as chances de o Fed elevar o juro mais rapidamente ou elevar a taxa básica a níveis ainda maiores”, alerta o banco, em relatório. Devido ao aumento dos preços de commodities e ao mercado de trabalho apertado, o Bradesco aumentou a projeção de inflação ao consumidor dos EUA em 2022, de 4,0% para 4,5%.
Diante do cenário de juros mais altos, o Bradesco reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2022, de 4,0% para 3,0%, e espera alta de 2,0% em 2023. O banco diminuiu as suas projeções para o crescimento global este ano (4,0% para 3,5%) e no próximo (3,4% para 3,2%).
China
O Bradesco também reduziu a sua projeção de crescimento do PIB chinês este ano, de 5,3% para 4,9%, com riscos baixistas devido à recente piora da pandemia no gigante asiático, desaceleração do setor imobiliário e reversão de ciclos de bens no mundo. O banco alerta que serão necessárias medidas voltadas ao setor imobiliário para que o país se recupere nos próximos trimestres.
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“Somado a isso, temos notado uma expressiva e rápida saída de capitais do país ao longo de março, em grande medida explicada pelas preocupações de investidores de que a China venha a sofrer sanções por estar próxima à Rússia. Desta forma, além do impacto do crescimento para a economia global, destacamos os riscos altistas para a inflação de bens vindos da China e o efeito da migração de recursos de portfólio corroborando para a tendência de apreciação de algumas moedas emergentes, inclusive a brasileira”, diz o texto.