Após a criação de 312.066 vagas em setembro (dado revisado hoje), o mercado de trabalho formal mostrou nova desaceleração e registrou um saldo positivo 253.083 carteiras assinadas em outubro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados há pouco pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
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O resultado do mês passado decorreu de 1,760 milhão de admissões e 1,507 milhão de demissões. Em outubro de 2020, houve abertura de 366.295 vagas com carteira assinada.
O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio dentro do intervalo das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, levemente abaixo do consenso. As projeções eram de abertura líquida de 206.121 a 470.065 vagas em outubro, com mediana positiva de 260.000 postos de trabalho.
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No acumulado dos dez primeiros meses de 2021, o saldo do Caged já é positivo em 2,645 milhões de vagas. No mesmo período do ano passado, houve destruição líquida de 278.997 postos formais.
De acordo com o ministério, 1,913 milhão de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em outubro graças às adesões ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga. O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano.
Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para outubro na série sem ajustes havia sido em 2009, quando foram criadas 230.956 vagas no décimo mês do ano.