(Reuters) – Após um início de safra 2020/21 conturbado e marcado pela seca, as lavouras de soja do Brasil, em sua maioria, têm apresentado recuperação do potencial produtivo com a ajuda de chuvas ocorridas entre dezembro e janeiro, abrindo espaço para que o país colha o recorde de 132,2 milhões de toneladas, conforme pesquisa realizada pela Reuters.
De acordo com avaliações de 13 analistas, a projeção para a colheita avançou ante a média de 131,79 milhões de toneladas apurada no levantamento divulgado em dezembro.
A área plantada no Brasil, maior produtor e exportador da oleaginosa, ficou praticamente estável em 38,41 milhões de hectares. Na comparação com a última sondagem da Reuters, a estimativa baixou em 20 mil hectares.
Segundo os analistas, o ligeiro ajuste negativo na área foi causado pela desistência de alguns agricultores que passaram por frustrações depois de terem plantado durante a seca, e nos meses seguintes substituíram parte da soja por algodão ou milho.
Na produção, houve reavaliações para cima e para baixo, com as condições climáticas beneficiando principalmente as lavouras semeadas mais tarde, à exceção do Rio Grande do Sul.