Pesquisa da OLX constatou que 56% dos entrevistados consideram o custo de vida de onde moram elevado ou muito elevado. Foto: Adobe Stock
Uma pesquisa do Grupo OLX realizada por meio de sua fonte de inteligência imobiliária, DataZAP, revelou que 56% dos entrevistados consideram o custo de vida de onde moram elevado ou muito elevado, levando em conta alimentação, moradia, transporte, educação e saúde. O estudo também apontou que 41% dos participantes percebem os gastos como razoáveis e que, quanto maior a satisfação com a vida, mais positiva é a percepção sobre o equilíbrio financeiro.
O levantamento foi feito entre 4 de fevereiro e 10 de março deste ano. O público-alvo foi composto por usuários que buscaram imóveis nos portais do Grupo OLX. No total, foram coletadas 971 entrevistas, com participantes dos gêneros masculino, feminino e pessoas que preferiram não se identificar, com idade a partir de 18 anos, provenientes de todas as regiões do País.
A pesquisa também mapeou os fatores que mais agradam os moradores nas cidades onde vivem: 52% dos entrevistados valorizam a facilidade de acesso a comércios e serviços, enquanto 45% gostam de ter opções de lazer, diversão e entretenimento e 35% apreciam a gastronomia local.
Por outro lado, violência, criminalidade e trânsito estão entre os principais pontos de insatisfação. A segurança é a maior preocupação, mencionada por 55% dos participantes, enquanto 52% apontam o tráfego intenso como um desafio nas cidades em que residem.
“A pesquisa reforça que a qualidade de vida está diretamente ligada à sensação de segurança e à infraestrutura urbana. Sentir-se seguro nos locais que frequenta, ter acesso a saneamento básico, residir próximo a centros comerciais e de estabelecimentos de saúde, como hospitais e pronto-socorros, são os fatores de localização que mais contribuem para a satisfação com a vida atual”, comenta Gabriela Domingos, economista do Grupo OLX.
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Aspectos pessoais também impactam positivamente a vida dos entrevistados, sendo saúde mental, saúde física e a estabilidade financeira citados por 43%, 42% e 39% dos respondentes, respectivamente.
Mobilidade urbana e rotina de trabalho
A maior parte dos entrevistados (43%) trabalha presencialmente todos os dias, enquanto 23% adotam o modelo híbrido, alternando entre casa e escritório. Outros 21% trabalham de forma presencial, mas em escalas de dias ou semanas, e 13% optam pelo home office exclusivo.
Mais da metade (56%) trabalha em um bairro diferente de onde mora, mas ainda dentro da mesma cidade. Já 26% permanecem no mesmo bairro tanto para morar quanto para trabalhar.
Quanto ao tempo de deslocamento, a maioria leva até 30 minutos para chegar ao serviço, com destaque para os que possuem automóvel. O carro é o meio de transporte mais utilizado, enquanto 25% dos entrevistados recorrem ao transporte público, como ônibus, van ou lotação.
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Perfil dos imóveis
Em relação às moradias, o estudo mostra que grande parte dos respondentes reside em imóveis de 55 metros quadrados a 119 metros quadrados, com uma mediana de 77,66 metros quadrados, dois dormitórios, uma suíte, uma vaga de garagem e área de lazer disponível.
Quando questionados sobre o que seria uma vizinhança ideal, a maioria (79%) ressaltou o desejo de viver em um ambiente calmo, com baixo fluxo de pessoas, enquanto 78% gostam de locais onde é possível realizar atividades a pé. Para 54% dos entrevistados, o ideal é que os deslocamentos diários até os locais necessários não ultrapassem 10 minutos de caminhada.