

Após alcançarem a máxima de quase 84% no último pregão, as ações do BRB (BSLI3) retomam o terreno positivo no pregão desta terça-feira (1º). O movimento ocorre após o banco anunciar a compra do Banco Master, na última sexta-feira (28), em uma operação de R$ 2 bilhões, e que pode ter outra companhia no negócio: o BTG Pactual (BPAC11), como mostra esta reportagem do Estadão.
O Banco de Brasília ainda surfa no otimismo do mercado com a operação do Master. Na véspera, a instituição financeira quase dobrou de tamanho na B3, chamando atenção de investidores para as ações do BRB.
Segundo dados da Elos Ayta, enviados ao E-Investidor, o valor de mercado do BRB está em R$ 5,3 bilhões. Na sexta-feira (28), o banco era avaliado em R$ 2,9 bilhões. A diferença representou um acréscimo de R$ 2,4 bilhões no valor da empresa em apenas um dia de negociação.
Como mostramos nesta reportagem, o negócio poderá ajudar o BRB a expandir os seus negócios no segmento de crédito, câmbio, mercado de capitais e atacado. As empresas vão manter as estruturas separadas, com compartilhamento de “governança, expertise, sinergias e coordenação estratégica e operacional”.
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Entretanto, a operação do banco Master joga luz para um risco no sistema bancário. Especialistas temem que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante quantias de até R$ 250 mil investidos em CDBs e outros produtos em caso de quebra dos bancos, pode não dar conta de uma eventual crise no Master – entenda mais sobre isso aqui.
O que chama atenção agora é a entrada do BTG Pactual na disputa pelo banco Master. Apesar de a transação ter sido anunciada pelo BRB, ainda precisa passar pelo crivo do Banco Central (BC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para ser efetivada, o que abre espaço para novos compradores de fatias do Master.
Na segunda-feira, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, teve reuniões com o chairman (presidente do Conselho de Administração) e sócio do BTG Pactual, André Esteves, e com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. A reunião foi considerada por Costa como “positiva”.
Por volta das 13h31, as ações do BRB (BSLI3) avançavam 19,07%, a R$ 16,36, enquanto as do BTG Pactual (BPAC11) mostravam alta de 0,65%, a R$ 33,92.