

Na quinta (20), quando a postagem de Chris Pavlovski, CEO da plataforma americana de compartilhamento de vídeos Rumble (RUM: Nasdaq), viralizou no X aqui no Brasil, as ações de sua empresa chegaram a cair mais de 5% durante a sessão.
No post, o executivo marcou o perfil do ministro do STF Alexandre de Moraes dizendo que havia recebido “mais uma ordem ilegal e sigilosa” e que o magistrado não teria autoridade sobre a plataforma nos EUA. Informava, ainda, que havia aberto um processo na Justiça americana contra o brasileiro.
A Rumble é parceira do Trump Media & Technology Group e entrou com um processo civil contra Moraes na Justiça da Flórida.
A briga começou depois que o ministro do STF deu um prazo até esta sexta (21) à noite para que a empresa apresente um representante legal no Brasil, sob pena de multa de R$ 50 mil diários.
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A intenção do magistrado seria a de bloquear e suspender pagamento da conta de um usuário bolsonarista, num movimento similar ao caso que deixou fora do ar o X. “Eu posso não ser brasileiro, mas prometo que ninguém lutará mais pelos seus direitos à liberdade de expressão do que eu”, completou o executivo em outra postagem.
Rumble desvaloriza 15% no mês
A Rumble é praticamente desconhecida no Brasil e o movimento de queda nas suas ações pouco tem a ver com sua briga local. As ações da Rumble sofrem forte desvalorização, de cerca de 15%, desde o início do mês de fevereiro.
O movimento coincidiu com outra movimentação importante, quando o presidente Donald Trump criou um canal oficial da Casa Branca na plataforma.
O que parecia ser um gatilho para novas valorizações, no entanto, não foi suficientemente positivo para fazer os investidores ignorarem uma outra notícia: as vendas das ações por parte dos executivos da companhia.
Segundo um artigo postado pela empresa americana de consultoria financeira e investimentos The Motley Fool, o CEO Christopher Pavlovski vendeu 355 mil ações da Rumble, o CFO Brandon Alexandroff mais de 8,8 milhões e o CCO Ramolo Claudio mais de 6,2 milhões.
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“É compreensível que os investidores tenham vendido suas ações após a notícia dos desinvestimentos dos executivos. Embora seja válido acompanhar as negociações de insiders, o que realmente determinará o preço das ações é o desempenho da empresa”, opinou Eric Volkman, o autor do artigo.
Plataforma que ser alternativa ao YouTube
Desde quando saiu o resultado que deu a vitória de Donald Trump nas urnas, em novembro, as ações da Rumble dispararam mais de 80%.
A Rumble se posiciona como uma plataforma de vídeo que defende a liberdade de expressão e busca ser uma alternativa ao YouTube, especialmente para criadores que afirmam sofrer censura em plataformas tradicionais. Ela atrai predominantemente um público e criadores de conteúdo conservadores. Além disso, mantém parcerias com Donald Trump e sua rede social, a Truth Social.