BTG mantém cautela sobre Braskem (BRKM5) e oferta de Tanure; saiba os motivos

“Em suma, embora isso possa marcar o início de um novo capítulo na narrativa de controle da Braskem, preferimos permanecer cautelosos até que surja mais clareza. O momento da oferta também levanta questões – com ações perto do mínimo devido aos fracos fundamentos da indústria e passivos legados em Alagoas – pode não representar um ponto de saída ideal para Novonor ou seus credores”, escrevem Luiz Carvalho e Henrique Pérez, em relatório.

Os analistas indicam ainda que a postura da Petrobras (PETR4) é uma incógnita. Para eles, é incerto se a acionista aceitaria o acordo e isso pode, em última análise, determinar a viabilidade da transação.

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Eles sinalizam ainda que caso a Novonor mantenha uma participação minoritária e Tanure passe a aderir ao acordo de acionistas existente, é possível a cláusula de tag along não seja acionada.

De todo modo, mesmo que a transação avance, é incerto, na visão de Carvalho e Pérez, se um novo acionista traria uma governança significativa ou melhorias operacionais para a Braskem. “O desempenho da Braskem continua intimamente ligado ao cenário global de spreads petroquímicos, onde a visibilidade é baixa. Estruturalmente, a empresa permanece em desvantagem devido ao seu perfil de matéria-prima rica em nafta”, escrevem.

O BTG tem recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 14, o que representa um potencial de valorização de 26,2% ante o fechamento do papel na última sexta-feira (24).

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