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BTG mostra as empresas aéreas que mais estão lucrando depois da pandemia

A recomendação para as ações de uma das companhias é neutra, enquanto a da outra é de compra

BTG mostra as empresas aéreas que mais estão lucrando depois da pandemia
(Foto: Envato Elements)

O aumento da demanda e das passagens aéreas tem permitido que empresas aéreas retomem a lucratividade nos níveis pós-pandemia, segundo relatório do BTG Pactual (BPAC11). O banco avalia que Azul (AZUL4) e Latam são as empresas que melhor conseguem capturar os ganhos desse cenário, principalmente por terem feito reestruturação recente das dívidas. A recomendação para as ações da Azul é neutra e para as da Latam (negociadas na bolsa chilena), de compra.

Os analistas do banco, Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, avaliam que os indicadores do quarto trimestre, impulsionado pelo período de festas de fim de ano, mostram uma recuperação da demanda doméstica. Já na demanda internacional, a apreciação do real ajudou a recuperação dos voos para fora do país.

Apesar da melhor demanda, as restrições na indústria de aviação devem continuar dificultando o aumento de capacidade das empresas aéreas, diz o BTG. Enquanto a demanda (RPK) cresceu 21% nos 11 primeiros meses de 2023, ante o mesmo período de 2019, a oferta (ASK) recuou 8%, na mesma base de comparação.

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“A falta de componentes e a recomposição na força de trabalho tem provocado um atraso estrutural na produção de aeronaves. Acidentes aéreos, como o da Alaska Airlines na última sexta-feira (5), envolvendo o avião da Boeing 787 Max 9, tem potencial de adiar ainda mais a normalização na produção de aeronaves com maior tempo de inspeção de novas máquinas”, dizem os analistas.

O BTG pontua ainda que o aumento recente da demanda aliado às dificuldades de crescimento da oferta tem pressionado o preço das passagens aéreas. Esse movimento é positivo para o balanço das empresas, mas aumenta a pressão do governo para redução de tarifas. “Acreditamos que a alta do preço também advém da maior racionalidade das aéreas no curto prazo, principalmente por conta da significativa reestruturação das dívidas do setor durante a pandemia”, afirmam Marquiori e Recchia.

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