Concessionária da Automob (AMOB3) BYD Guarulhos. Foto: Divulgação/Automob
O BTG Pactual (BPAC11) iniciou a cobertura dos papéis da Automob (AMOB3), listada recentemente após uma reestruturação no Grupo Simpar. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 17, potencial alta de 44% em relação ao fechamento na última terça-feira (3).
“Vemos a Automob como uma oportunidade de investimento atraente, apoiada por fundamentos sólidos, vantagens competitivas e um posicionamento de mercado robusto”, escrevem os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.
A dupla destaca a “clara liderança de mercado da companhia Brasil” graças à escala nacional, assim como o amplo portfólio de veículos leves, caminhões, máquinas e equipamentos. Citam também as fortes oportunidades de crescimento orgânico, enormes oportunidades de fusões e aquisições, além da avaliação atrativa.
Marquiori e Recchia avaliam que as ações da Automob estão sendo negociadas com múltiplos atrativos: 4 vezes valor da empresa/Ebitda (EV/Ebitda) para 2025, 3 vezes para 2026 e 4 vezes preço/lucro (P/L) para 2026, abaixo da média global de seus pares de 12 vezes EV/Ebitda para 2025 e 16 vezes P/L para 2026. O Ebitda é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
Enquanto isso, a Automob é o principal grupo de concessionárias do Brasil, com 192 lojas em 12 estados. Ainda assim, a participação de mercado da companhia permanece abaixo de 3% em todas as regiões, refletindo a natureza fragmentada do mercado de concessionárias no Brasil, onde mais de 80% dos participantes administram menos de 15 lojas.
“A Automob apresenta oportunidades significativas para aprimorar sua oferta de produtos e expandir seu portfólio”, reforçam os analistas do BTG.
Como principais riscos de queda para os papéis, a dupla menciona os desafios na execução de fusões e aquisições, desempenho nos mercados de revenda de veículos, exposição às condições macroeconômicas e mudanças nas tendências da indústria automotiva.