O mercado de ações ainda precisa melhorar um pouco para dar tração (crescimento) à estreia de novas empresas em bolsa e o mais provável é que isso aconteça no segundo trimestre do ano, de acordo com o diretor Financeiro do BTG Pactual (BPAC11), Renato Cohn.
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“A grande dúvida vai ser de novo o mercado de ações, que precisa melhorar um pouco mais para ganhar tração. Ainda falta um pouco para termos uma melhora”, disse Cohn, em conversa com jornalistas na tarde desta segunda-feira (5). Nenhuma empresa estreou na Bolsa desde agosto de 2021.
Segundo ele, há uma série de empresas prontas para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), esperando condição melhor de mercado. “O processo (de preparação) é um pouco mais longo e tenho duvida se teremos IPO no primeiro trimestre, mas no segundo trimestre é o mais provável, se o mercado de capitais acelerar”, acrescentou.
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Ele explicou ainda que não tem visão sobre fila de IPOs em outros bancos de investimento, que também assessoram empresas. “Se acontecerem IPOs no primeiro trimestre, serão pontuais”, acrescentou. Para Cohn, há mais clareza sobre o desempenho esperado nos mercados de dívida e de fusões e aquisições, os quais indicam maior atividade. “No quarto trimestre de 2023, o número de operações no mercado de dívida foi bastante satisfatório e demonstrando que está voltando à normalidade. Achamos que 2024 será igual ou melhor”, afirmou.
Em fusões e aquisições, ainda segundo Cohn, a fila de transações é “robusta”, lembrando ser difícil ter uma visão mais precisa de impacto nos números, já que não há como prever o fechamento das operações. O comportamento do mercado de ações é bem relevante para o resultado da área de banco de investimento, que registrou queda nas receitas de 21,4% em 2023 frente a 2022, para R$ 464 bilhões.