

A XP atualizou suas estimativas para o BTG Pactual (BPAC11), incorporando os resultados de 2024 e projeções macroeconômicas e como resultado reduziu o preço-alvo das units (ativo que concentra duas ou mais ações de uma empresa negociadas em conjunto) do banco de R$ 41 para R$ 36. O novo preço representa um potencial de alta de 12,71% ante o fechamento do papel no pregão de quarta (5).
Em relatório, a corretora aponta que, mesmo que o banco tenha mantido seus resultados sólidos, o cenário macroeconômico pode impactá-lo, principalmente por sua deterioração rápida no final de dezembro.
“Embora continuemos construtivos e acreditemos que o BTG está bem preparado para navegar pelo ambiente incerto à frente, mantemos nossa recomendação neutra, principalmente devido ao potencial de valorização limitado”, dizem os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.
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Para a XP, o BTG tem resiliência, por conta de suas diversificadas fontes de receitas. Isso se deu pela expansão do crédito corporativo e pela operação de gestão de ativos, que manteve estabilidade mesmo na contração do PIB em 2020. Diante disso, a XP projeta que o banco aumente seu lucro líquido em 18%, na comparação ano a ano. Espera-se que os ganhos diversificados compensem a queda esperada no Investment Banking.
Sobre o retorno sobre patrimônio líquido (ROE), os analistas esperam que a alavancagem continue sendo o principal impulsionador, por outro lado, a receita mais voltada a negócios que demandam ativos ponderados pelo risco possa comprimir a margem líquida. “A combinação desses dois fatores pode limitar a capacidade do banco de entregar ROEs significativamente mais altos no futuro”, defende a XP.
Por fim, a corretora pondera que, caso o cenário macroeconômico do país melhore mais rapidamente do que esperado, a retomada da atividade econômica pode impulsionar os negócios do BTG Pactual (BPAC11) em seguimentos que não exigem grandes volumes de ativos ponderados pelo risco. Assim, podendo elevar o ROE.