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BTG Pactual (BPAC11) sobe após anunciar compra de operação da Julius Baer no Brasil

Agentes do mercado viram operação com bons olhos; veja análises de corretora e bancos

BTG Pactual (BPAC11) sobe após anunciar compra de operação da Julius Baer no Brasil
Executivos trabalhando em prédio do BTG Pactual (BPAC11). Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

As ações do BTG Pactual (BPAC11) lideram os ganhos do setor financeiro na Bolsa brasileira nesta terça-feira (7). Às 14h16, os papéis da empresa sobem 2,65% cotados a R$ 28,28, depois de oscilarem entre máxima a R$ 28,73 e mínima a R$ 28,01.

O movimento de alta ocorre após o banco anunciar que assinou os documentos definitivos referentes à compra de 100% do capital social da operação brasileira do grupo suíço Julius Baer, centrado na gestão de grandes fortunas e que detém R$ 61 bilhões em ativos sob gestão. A aquisição foi feita por R$ 615 milhões.

“A aquisição da Julius Baer Brasil faz parte da estratégia de expansão do segmento de Family Office do BTG Pactual, que opera desde 2010 e, após a conclusão da transação, passará a gerir mais de R$ 100 bilhões”, disse o banco em comunicado, ressaltando que a conclusão da transação está sujeita à verificação de determinadas condições precedentes, incluindo a obtenção da aprovação do Banco Central e demais aprovações regulatórias necessárias.

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Em comunicado, a Julius Baer informou que continuará a atender clientes brasileiros a partir de outros locais e que o negócio internacional com base no País permanecerá inalterado. O grupo suíço também destacou que o fechamento da transação com o BTG é esperado para o primeiro trimestre de 2025.

Em relatório, o Citi avaliou que, do ponto de vista estratégico, a aquisição da Julius Baer pelo BTG é positiva, dado o posicionamento do banco como um consolidador dentro do segmento de gestão de fortunas (particularmente o segmento de alta renda e Family Office).

A Ágora Investimentos, em nota, também enxerga com bons olhos a operação, destacando que ela está em linha com a estratégia do banco de expandir seu segmento de family office, que terá mais de R$ 100 bilhões em ativos sob gestão após a conclusão da aquisição. “No entanto, devemos salientar que a operação ainda não foi aprovada pelas entidades reguladoras relevantes locais”, ponderou a casa.

Para o Goldman Sachs, o BTG está sendo negociado a um P/L (preço/lucro) de 7,1 vezes para 2025, um prêmio em relação à média de 6,1 vezes das instituições financeiras tradicionais no Brasil. “Entretanto, projetamos uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) do lucro por ação de 17% entre 2023 e 2026, acima da média de 16% dos concorrentes, que partem de níveis de lucratividade relativamente mais baixos. Além disso, o Retorno sobre o Patrimônio (ROE) do BTG está em expansão a partir de uma base já elevada”, enfatiza o banco em relatório.

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