O BTG Pactual acredita que a Petrobras (PETR4) não deve voltar ao negócio de distribuição direta de combustíveis antes do final de 2026. No entanto, o retorno ao segmento de gás liquefeito de petróleo (GLP) enfrentaria menos barreiras práticas na visão do banco.
Os analistas Luiz Carvalho, Gustavo Cunha, Daniel Guardiol, Alvaro Leyva e Juan José Muñoz estimam que o capex da companhia pode ficar abaixo da orientação atual a partir de 2026, já que a Petrobras provavelmente revisará suas suposições de preço do petróleo para baixo no plano 2025-2029 para preservar a geração de caixa estável.
Os profissionais afirmam que a produção tem superado as expectativas, operando atualmente acima de 2,5 mbd contra uma orientação de 2,3 mbd, o que reforça uma geração de caixa mais forte do que o esperado. Além disso, dizem não esperar grandes atividades de fusões e aquisições. “O cenário mais provável envolveria investimentos menores em biocombustíveis”, afirmam.
Com relação à política de preços, o banco afirma que a atual posição da Petrobras tem funcionado, com os preços acompanhando os mercados internacionais. Já em relação ao cenário macroeconômico, afirmam que o debate eleitoral pode levar a um menor custo de capital próprio (Ke) e uma melhor governança percebida, desbloqueando um potencial re-rating da ação e estreitando a diferença de avaliação em relação aos pares locais.
Já o rendimento de dividendos ordinários permanece entre 10 e 12%, com forte potencial de ser entregue, dadas as necessidades fiscais do governo, assinalam os analistas, acrescentando que veem a Petrobras como uma sólida opção de investimento para o período de 12 a 18 meses.