O BTG Pactual (BPAC11) reduziu a recomendação para os recibos brasileiros das ações do Inter (INBR32) de compra para neutro, mas manteve o preço-alvo de R$ 31, o que significa um potencial de alta de 9,8% em relação ao fechamento da última terça-feira (21).
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O banco considera que as perspectivas para o banco digital continuam positivas, e que o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) deve crescer novamente no quarto trimestre. Porém, afirma que o rali dos papéis foi muito mais rápido que a melhoria dos resultados.
O analista Eduardo Rosman diz que desde março, quando elevou as estimativas para o Inter, o papel subiu 155%, no melhor desempenho entre as ações que acompanha. Na visão dele, os resultados de fato têm sido bons e a administração demonstrou de forma eficaz que as alavancas continuam as mesmas.
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“Por fim, acreditamos que estes movimentos [do papel] foram muito fortes e, principalmente, muito velozes e furiosos”, escreve Rosman. Ao preço atual, segundo ele, o Inter negocia a 1,55 vez o valor patrimonial e a 11,9 vezes o lucro para 2024.
O BTG afirma que mesmo que exista um potencial de crescimento, o ROE do Inter no terceiro trimestre “foi de ainda baixos 5,6%”. Aos preços atuais, os papéis do banco precificam uma rentabilidade de 15% para o segundo semestre de 2024 como líquida e certa, diz a casa.
“Embora haja várias chances disso acontecer, os riscos de execução permanecem”, diz o analista. “A carteira de crédito tem de acelerar, a margem precisa continuar aumentando, as despesas operacionais têm de ser diluídas e, mais importante, o custo de risco precisa cair.”