O JPMorgan rebaixou de compra para neutra a recomendação para as ações da Caixa Seguridade (CXSE3), mas manteve o preço-alvo em R$ 18, o que implica um potencial de valorização de 7,6% em relação ao fechamento de segunda-feira (28). De acordo com o banco americano, há um espaço menor para que o papel suba.
“Como discutimos ao iniciar a cobertura, vemos a Caixa Seguridade como dona de um modelo de negócio premium, mas após a alta de 19% das ações neste ano (contra 12% do Ibovespa), vemos um potencial mais limitado de alta, de 6%”, afirma a equipe do banco americano em relatório enviado a clientes.
Outro fator que reduz o otimismo o banco com a ação da Caixa Seguridade é a perspectiva de um pico menor da taxa Selic, que entrou nos preços de mercado nas últimas semanas. Com isso, os benefícios para os resultados financeiros das seguradoras são menores.
Além disso, a casa menciona que a originação do crédito consignado tem sido mais fraca neste ano, o que pode ser prejudicial às vendas do seguro prestamista. Ainda neste caso, o JPMorgan afirma que os ganhos precificados pelo mercado graças ao novo consignado privado tendem a não ser grandes em um primeiro momento.
Os analistas também dizem que as empresas da holding têm perdido mercado. “Embora não sejam uma novidade, continuamos preocupados com a perda de mercado disseminada da Caixa Seguridade ao longo dos últimos cinco anos.”
O JPMorgan calcula que a Caixa Seguridade (CXSE3) negocia a 11,6 vezes o lucro esperado para este ano, acima das 8,5 vezes da Porto (PSSA3), nome predileto do banco no setor.