A Superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, que a Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) adquira parte de uma subholding da Casa dos Ventos, que detém usinas eólicas, para autoprodução de energia. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (3).
Ao órgão antitruste, a CBA informou que o negócio “viabilizará o exercício das suas atividades ‘core’, porquanto são elas eletrointensivas e necessitam de um montante elevado de energia elétrica. Ainda, representam a garantia de cumprimento do mandato da CBA de utilizar fontes de energia renováveis em seu processo produtivo, bem como de beneficiar-se da autoprodução de energia elétrica a ser utilizada em seus processos produtivos”.
Já para a Casa dos Ventos trata-se de “uma oportunidade de investimento para expandir seus projetos de produção de energia renovável no Brasil”.
O processo não detalha as usinas, afirmando apenas que os projetos não são operacionais ainda e ficam na região Nordeste. No último dia 23, no entanto, a CBA informou ao mercado ter assinado acordos vinculantes para aquisição de participação em ativos de autoprodução de energia eólica que fazem parte do Complexo Serra do Tigre e do Parque Eólico Cajuína lll, detidos pela Casa dos Ventos e Auren Energia (AURE3), respectivamente, e localizados no Rio Grande do Norte.
O valor total pelas participações societárias dos dois acordos citados com a CBA (CBAV3) na ocasião é de R$ 158 milhões, com vigência de 15 anos e início do suprimento a partir de 2027, destinados à Fábrica em Alumínio, em São Paulo.