

O Banco Safra rebaixou para neutro as ações da fabricante de alumínio CBA (CBAV3), com preço-alvo de R$ 5,50, o que representa um potencial de valorização de 22% sobre o fechamento do papel no pregão de segunda-feira (2).
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O Banco Safra rebaixou para neutro as ações da fabricante de alumínio CBA (CBAV3), com preço-alvo de R$ 5,50, o que representa um potencial de valorização de 22% sobre o fechamento do papel no pregão de segunda-feira (2).
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Em relatório, o analista Ricardo Monegaglia explica que a mudança foi tomada devido ao pior risco de retorno para o papel no curto prazo. Segundo ele, com os preços do alumínio na faixa de US$ 2.500-US$ 2.600/t para 2026, sendo de 1% a 5% maior que o mercado à vista, se a oferta e a demanda seguirem as estimativas da casa, o potencial de alta da ação no curto prazo pode ser limitado.
“A empresa tem uma alta alavancagem operacional em relação aos preços do alumínio, o que significa que prever corretamente os preços de negociação na LME (London Metal Exchange) se torna crucial para o caso de investimento”, disse o analista.
Para ele, a ação tem um forte potencial de alta, mas sua materialização é específica no longo prazo, o que levou o banco a usar uma avaliação mista com múltiplos alvos no preço-alvo, movimento que impede o upside.
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Diante do rebaixamento, o Safra atualizou as expectativas para a CBA, que indicam uma queda de aproximadamente de 20% no Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) em relação ao consenso e um tímido fluxo de caixa livre por ação de cerca de 1% em 2025 e 2026.
“No entanto, se nossa visão positiva de médio prazo para o alumínio e a do mercado se concretizarem, à medida que os mercados consolidam-se em um déficit, há espaço para a CBA gerar um Fluxo de Caixa Livre (FCF) substancial, maior que 20% ao ano a partir de 2029.”
A estimativa do banco é de um preço de US$ 2.519 por tonelada em 2025, o que é US$ 131/t abaixo do esperado anteriormente e ligeiramente abaixo do spot de US$ 2.475/t. Já para 2026, o Safra acredita que a cotação da commodity deve chegar a US$ 2.588 a tonelada ante uma expectativa de US$ 2.650/t.
A revisão nos preços, segundo o banco, se deu por causa da surpresa positiva na oferta, com o crescimento da produção chinesa de 2,8% em linha com as expectativas e uma queda na oferta ex-China. Do lado da demanda, o consumo chinês foi forte, em parte impulsionado por compras antecipadas devido a preocupações com tarifas, mas o consumo ex-China ficou ligeiramente abaixo das estimativas.
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“Por isso nos tornamos mais negativos em relação à demanda a partir do segundo trimestre devido à desaceleração da atividade e incertezas na política comercial. Prevemos então um excedente de mercado de 200 mil toneladas em 2025 (de um déficit de 200 mil toneladas anteriormente). Para 2026, continuamos a estimar um déficit de 200 mil toneladas, assumindo o limite de produção da China de 45 milhões de toneladas”, diz o relatório sobre CBA (CBAV3).
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