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Nubank: CEO diz que empresa tomou ‘decisões-chave’ em 2022

Segundo David Vélez, a fintech encerrou o ano passado como a quarta força do mercado de cartões no Brasil

Nubank: CEO diz que empresa tomou ‘decisões-chave’ em 2022
Sede do Nubank em São Paulo. (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

O CEO e cofundador do Nubank, David Vélez, afirma que a fintech tomou no ano passado uma série de decisões que ajudaram a melhorar a eficiência e manter a qualidade dos ativos sob controle, diante do aperto das condições financeiras. Ainda de acordo com ele, a fintech encerrou o ano passado como a quarta força do mercado de cartões no Brasil.

“À medida que 2022 progrediu e mostrou um ambiente mais desafiador do que muitos esperavam, nossa equipe, já experimentada diante da volatilidade significativa que vimos como uma companhia desde nossa criação, aumentou o foco na execução e tomou uma série de decisões-chave que nos ajudaram a entregar os resultados de que nos orgulhamos”, diz ele em carta que acompanha o formulário 20F da empresa, depositado hoje na SEC, a CVM americana.

Na carta, Vélez afirma que o lançamento das “Caixinhas” foi uma dessas iniciativas. A elas, o Nubank direcionou os depósitos dos clientes que buscavam rendimento maior, enquanto endureceu os critérios para o rendimento da NuConta. Em dezembro, o custo de captação da fintech havia caído 20 pontos porcentuais no comparativo anual, para 78% do CDI.

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Ele destaca ainda que o fim do acordo de pagamento via ações que o envolvia levará a uma economia de US$ 70 milhões por ano. “Eu acredito que o fim do acordo também mostra o quão comprometido eu estou em acelerar a criação de valor a todos os nossos acionistas”, escreve.

O executivo adiciona que o Nubank espera elevar sua eficiência ao longo dos próximos anos. Para isso, deve capturar “oportunidades de economia”, e também reduzir o ritmo de contratações, segundo ele.

Quarto maior

Na carta, Vélez afirma que o Nubank fechou 2022 como a quarta maior força do mercado brasileiro de cartões, o que significa que deixou para trás alguns dos maiores bancos tradicionais do País. “Já nos tornamos o quarto maior emissor de cartões no Brasil em dezembro de 2022, ultrapassando alguns dos bancos incumbentes, com nossa participação no volume de pagamentos em 11,9% em 2022”, escreve.

Em 2021, o Nubank já havia ultrapassado a Caixa Econômica Federal (CEF), que tem menor participação neste mercado. O líder em cartões no Brasil é o Itaú Unibanco, que detém cerca de um terço do setor.

O neobanco também está entre os cinco maiores no segmento de pequenas e médias empresas, com 2,5 milhões de clientes, afirma ele. Ao todo, o Nubank tinha 53 milhões de clientes ativos ao final do ano passado. Entre os clientes ativos há mais de 12 meses, 58% tinham a fintech como seu banco principal.

Vélez destaca ainda que os índices de inadimplência da carteira do Nubank estão abaixo da média, em 5,2% no final do ano passado. “Isso implica em níveis 25% menores na comparação com a média da história, ajustados por produto, crescimento e distribuição de renda, de acordo com o Banco Central e com nossas próprias estimativas”, afirma. Primeiro minuto

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Na carta, o executivo reitera que o Nubank está “no primeiro minuto do primeiro tempo do jogo”, ou seja, que ainda deve crescer mais, em especial no México e na Colômbia, países em que começou a operar após a operação brasileira estar estabelecida. Ele sinaliza ainda que a fintech pode entrar em outros mercados para além do de serviços financeiros.

“Sob o conceito de ‘plataforma de dinheiro’, acreditamos que podemos expandir nosso mercado endereçável enquanto desenvolvemos uma variedade adicional de capacidades essenciais, acelerando mais o nosso caminho para nos tornarmos ‘o único aplicativo indispensável’ em nosso mercado”, afirma ele.

Vélez também repete que o Nubank fez sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações na hora certa. A fintech estreou nas Bolsas em dezembro de 2021. “A animação e o otimismo dos mercados de capitais pós-pandemia virou rapidamente em janeiro de 2022, e de repente nos vimos em um cenário muito mais desafiador à medida que as taxas de juros subiram na América Latina e no mundo.”