Após realizar uma pesquisa com adquirentes de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) com o objetivo de acompanhar o comportamento dos comerciantes em relação às empresas de pagamento, o Citi destaca que em termos de adquirentes com maior presença, o PagBank (PAGS34) e a Cielo (CIEL3) continuam à frente, mas a Stone (STOC31) está diminuindo a diferença.
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“Os níveis de satisfação parecem ter aumentado desde a última vez que realizamos a pesquisa em novembro de 2022 e, embora a concorrência ainda esteja muito viva, o preço não parece ser uma ferramenta fundamental na tentativa de obter mais participação de mercado. Os produtos adicionais ainda são vistos como positivos, sendo o setor bancário o mais relevante”, afirmam Maria Guedes, Karina Salva Martins e Gabriel Gusan, em relatório enviado a clientes.
O banco de investimentos mantém visão positiva do setor, com a Stone como top pick (preferência), pois vê melhores oportunidades para a empresa e espera que continue apresentando expansão da receita em 2024, favorecida por novos produtos, enquanto as taxas mais baixas e o controle de despesas impulsionam a lucratividade. PagBank e Cielo também têm recomendação de compra.
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O relatório pontua que a Cielo e o PagBank combinados têm mais de 60% dos comerciantes pesquisados usando seus serviços para aquisição – e as duas empresas também foram as líderes em termos de aquisições mais usadas, ambas com mais de 30% das respostas.
Ainda assim, a Stone vem diminuindo a diferença, com quase 50% dos comerciantes pesquisados indicando que a Stone é uma das adquirentes que eles usam.
“O salto no uso relatado pela Stone em relação à nossa pesquisa anterior não foi observado em outros participantes. Na verdade, a Rede e a Getnet (GETT11) tiveram uma evolução negativa em relação ao nosso relatório anterior”, comentam os analistas.
A nova pesquisa mostrou também que os comerciantes ficaram mais satisfeitos com seus provedores, com o número de comerciantes muito satisfeitos crescendo consideravelmente e o número de comerciantes insatisfeitos sendo o equivalente a 1%. “Essa tendência também está alinhada com o fato de os comerciantes destacarem os serviços adicionais oferecidos pelos participantes e indicarem que a probabilidade de mudar de adquirente no curto prazo diminuiu. Isso também pode estar relacionado ao fato de que agora temos estabilidade de preços no setor, enquanto o setor estava passando por um ciclo de reprecificação na última vez em que realizamos a pesquisa”, explicam os analistas.
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Contudo, a concorrência continua viva, apesar de mais racional e da estabilidade dos preços, ressalta o Citi. “Os comerciantes apontaram que continuam recebendo visitas de concorrentes várias vezes por mês, indicando que, embora os preços estejam estáveis, a concorrência continua agressiva. Isso também está alinhado com os comentários que ouvimos dos players de que os esforços comerciais se tornaram cada vez mais relevantes para manter a competitividade”, dizem Guedes, Martins e Gusan.