O Citi cortou o preço-alvo para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) de R$ 27 para R$ 23, o que representa um potencial de valorização de 6,5%. A recomendação neutra foi mantida. O banco sugere cautela com o valuation (valor do ativo) aparentemente barato do BB, pois ainda vê a falta de visibilidade dos lucros como uma ameaça.
Em relatório, os analistas Gustavo Schroden, Brian Flores, Gabriel Barra e Pedro Gama destacam a recuperação lenta dos empréstimos para o agronegócio. Para eles, existem três fatores afetando os empréstimos nesse segmento: a menor produtividade das safras anteriores; juros altos afetando os empréstimos inadimplentes (NPLs, na sigla em inglês); e spreads mais baixos.
“Embora a produtividade pareça ter melhorado, taxas mais altas por mais tempo e a falta de flexibilidade nos preços podem continuar pressionando a rentabilidade do segmento até 2026″, avaliam.
Diante desse cenário, o Citi vê o segmento, que representa 35% dos empréstimos, como um risco para os lucros do BB, cuja estimativa foi cortada em 12% para 2025 e em 14% para 2026. “Vemos evidências de melhor produtividade já, embora as taxas de juros e os preços nos façam ver uma recuperação na rentabilidade do segmento até o fim de 2026”, dizem os analistas.
O Citi aponta que os empréstimos para o agronegócio representam cerca de 35% do total de empréstimos para o Banco do Brasil, um aumento de 10 pontos porcentuais na contribuição desde 2014. A maior parte dos recursos (cerca de 46%) é destinada a planos de investimento de produtores, sendo a carne o produto mais relevante, seguida pela soja. Em termos de porte das empresas, as médias e grandes empresas representam cerca de 68% dos empréstimos, com forte distribuição na região Centro-Oeste do Brasil (cerca de 34%), seguida pela região Sudeste.
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast