O Citi elevou a recomendação do Bradesco (BBDC4), de neutra para compra, considerando fatores que impulsionaram a melhora do retorno sobre capital (ROE) do banco tanto no curto quanto no médio prazo. Para 2025, as receitas ajustadas ao risco devem continuar melhorando trimestralmente, na avaliação dos analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Arnon Shirazi.
A partir de 2026, pela estimativa deles, a disciplina de custos deve ter um impacto mais visível nos resultados por meio da alavancagem operacional. “Vemos o ROE sustentável do Bradesco em 16,5% no quarto trimestre de 2026, o que deve garantir uma reavaliação e aliviar as preocupações com a posição de capital do banco”.
No geral, o Citi prevê uma chegada mais rápida aos retornos excedentes. A combinação de ventos favoráveis de curto e médio prazo para as tendências operacionais do Bradesco levou o banco americano a revisar as suas próprias estimativas.
“Historicamente, os níveis de ROE do banco têm se correlacionado bem com seu múltiplo PBV, o que nos leva a acreditar que uma reclassificação das ações poderia ser concedida em conjunto com as potenciais melhorias no ROE”, acrescentam os analistas, que também esperam lucros retidos como o principal impulsionador da acumulação de capital. “Uma preocupação recente do mercado que também pode ser amenizada”, ponderam.
Além da nova recomendação de compra, o Citi também elevou o preço-alvo de Bradesco PN de R$ 13,60 para R$ 19,50, o que se traduz em potencial valorização de 21,5% ante o fechamento desta terça-feira (27).