O Citi informou em relatório que o resultado da Marfrig (MRFG3) na América do Sul foi positivo no quarto trimestre de 2024 (4T24), apesar do desempenho da BRF (BRFS3) no período “abaixo da expectativa”. “Mantemos nossa classificação de compra para os papéis da Marfrig, à medida que vemos a negociação das ações em 3,3x EV/Ebitda [valor da empresa sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, múltiplo de avaliação popular usado para determinar o valor justo de mercado de uma empresa], abaixo da média da indústria do setor de 5x. Também os pagamentos da venda de ativos para Minerva (BEEF3) favorecem a companhia”, disseram no relatório os analistas do banco, Renata Cabral e Tiago Harduim.
A Marfrig registrou ganhos com EBITDA no 4° trimestre de 2024 7% abaixo do consenso e da estimativa do Citi. “O principal fator de perda foi a BRF, que registrou EBITDA de R$ 2,8 bilhões, 11% abaixo da previsão do Citi”. Os demais segmentos apresentaram ligeira melhora em nossas estimativas.
Para a América do Sul, o EBITDA da Marfrig ficou em linha com as estimativas do Citi, com a rentabilidade “impulsionada por melhor mix de produtos, alavancagem operacional e operações de exportações sendo favorecidas pela depreciação do real”.
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A margem EBITDA de 1,9% do segmento da América do Norte veio ligeiramente abaixo das expectativas (-20 bps em relação à previsão do Citi), “com o ciclo de gado ainda desafiador e o 4T24 apresentando sazonalidade negativa”.
No geral, “continuamos cautelosos em relação ao ciclo do gado nos EUA e no Brasil para 2025, mas as operações na América do Sul devem ser mais protegidas da volatilidade do ciclo por causa do portfólio de valor agregado”, destacou o banco.
