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Citi inicia cobertura da Afya (AFYA)

A empresa é o principal centro brasileiro de educação e soluções digitais para médicos no Brasil

Citi inicia cobertura da Afya (AFYA)
Foto: Werther Santana/Estadão

O Citi iniciou a cobertura de Afya (AFYA) com recomendação neutra e preço-alvo de US$ 23,00 para 12 meses, o que representa 13,2% de potencial de valorização. A Afya é vista pela casa como uma combinação atraente de retornos “semelhantes a títulos” em seu negócio principal e resiliente em graduação médica, com as opções de: crescimento incremental e aumento do ROIC a partir de sua abordagem holística nas carreiras dos médicos (por exemplo, educação continuada, soluções digitais) e alocação de capital que aumenta o valor (por exemplo, pipeline de M&A, Mais Médicos III).

Por outro lado, o banco teme que o aumento do número de vagas de medicina e de graduações de médicos esperado para os próximos anos possa “minar gradualmente o ‘valor de escassez’ dos programas de medicina, ao mesmo tempo em que pode corroer os excelentes retornos econômicos atuais da carreira médica”.

Além disso, com as ações sendo negociadas atualmente a 9,5/8,4 vezes o múltiplo FV/Ebitda em 2024/2025, nos cálculos do Citi, o valuation já representa um prêmio considerável de 54% em relação a seus pares brasileiros de ensino superior, o que, uma vez considerados a taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 10% do Ebitda esperado para 2023-2025 e os “riscos de cauda” regulatórios, sugere um espaço limitado para uma reavaliação neste momento, na opinião no banco.

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Os principais riscos vistos pela casa, além de um menor “valor de escassez” e retornos decrescentes para a educação médica ao longo do tempo, são possíveis mudanças prejudiciais na regulamentação, concorrência na educação continuada, a execução de serviços digitais e a liquidez limitada das ações (US$ 3,7 milhões ADTV 90 dias).

A Afya é o principal centro brasileiro de educação e soluções digitais para médicos no Brasil, combinando unidades de negócio integradas de: programas de graduação (87% das receitas), educação continuada (6% das receitas) e serviços digitais (7% das receitas).

A empresa é atualmente controlada (60% dos direitos de voto) pela empresa de mídia alemã Bertelsmann, que vem aumentando sua posição para alcançar também a maioria econômica (atual participação econômica de 47%), o que implica em um gap de 2,6 milhões de ações classe A da Afya (ou seja, 16 dias de negociação), o que pode naturalmente continuar a apoiar a ação, diz o Citi.

 

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