O Citi atualiza seu modelo para a Nu Holding a fim de refletir os últimos resultados “sólidos” de receita e lucro da companhia, o impacto macro (“o tom da gestão para 2023 não foi surpreendente e sugeriu um crescimento mais moderado”) e as informações sobre vários investimentos e iniciativas, diz o banco, que tem estimativas mais altas para a receita da empresa em 2023 e 2024, que refletem principalmente “o potencial ascendente de posições de liquidez consistentemente fortes e o impulso contínuo nos empréstimos parcelados com cartão de crédito, parcialmente compensado pelo crescimento mais lento de outros empréstimos ao consumidor”.
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O banco também espera que a qualidade dos ativos se estabilize em cerca de dois trimestres e que a alavancagem operacional continue à medida que a empresa cresça.
O Citi manteve recomendação de compra para Nubank (NU) com preço-alvo de US$ 7, representando potencial de valorização de 40,3% sobre o último fechamento. O banco explica que avançou a base de avaliação para 2024 e mudou o método de valuation de Líquidas de Preço/Vendas Brutas para Preço/Vendas Líquidas, o que diz não fazer diferença material de qualquer maneira, com o objetivo de alinhar o método com a forma como valoriza as bases de comparação.
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Entrando em detalhes, no balanço, os analistas Ashwin Shirvaikar, Rafael Frade, Gabriel Gusan e Rebecca Lu aumentaram um pouco a expectativa em recebíveis de cartão de crédito para os próximos dois anos, à medida que vê a vantagem do novo produto de empréstimo parcelado como sustentável. Reduziram as estimativas em empréstimos a clientes, mas as taxas de crescimento esperadas “ainda são saudáveis”, na faixa dos anos 50 para 2023 e 2024.
“Para 2023, assumimos que a origem do empréstimo pessoal permaneça moderada até a retirada no segundo semestre em conjunto com a estabilização da qualidade do crédito. E para os últimos anos, nossas estimativas mais baixas refletem o impacto do fluxo, bem como nossa visão atualizada de que a introdução de novos produtos além dos empréstimos de folha de pagamento provavelmente seria adiada (para ser claro, o foco em empréstimos securitizados com folha de pagamento é positivo)”, dizem os analistas.
Já na demonstração de resultados, as previsões de rendimentos de juros mais elevados refletem principalmente os juros obtidos sobre a liquidez, dadas as posições de capital e depósitos da Nu que os analistas consideram como “consistentemente fortes”.
“Reduzimos nossas estimativas sobre as despesas com juros, pois acreditamos que o custo do financiamento tem mais potencial ascendente, bem como nas despesas de provisão, principalmente de acordo com nossa expectativa de crescimento de empréstimos mais baixa. Por fim, aumentamos nossas estimativas de margem impulsionadas pela alavancagem operacional contínua”, completam.
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