B3, a bolsa de valores brasileira. (Foto: Adobe Stock)
O Citi rebaixou nesta quarta-feira (4) recomendação para os papéis da B3 (B3SA3) de compra para neutro, com novo preço-alvo de R$ 15 (ante R$ 14 anteriormente), o que representa um potencial de valorização de 5,7% sobre o último fechamento. Segundo o banco, o dividend yield (rendimento de dividendos) agora parece menos atraente, longe dos dois dígitos, e o potencial de alta dos lucros devido a um volume financeiro médio diário (ADTV) mais alto não é suficiente para justificar uma recomendação de compra.
Em relatório, os analistas do banco destacam esperar um potencial de alta total de 13%, composto por 6% de valorização do preço e 7% de rendimento de dividendos. Além disso, eles ressaltam que a ação acumula alta de 37% no ano, contra 14% de valorização do Ibovespa.
“Agora, mudamos para uma classificação neutra, pois vemos potencial de alta limitado, dado que o Credit Default Swap (CDS) alto é um impedimento à expansão dos múltiplos; o período de pandemia levou a múltiplos sobreestendidos, distorcendo a comparação histórica; e tendo em vista a menor influência do ADTV das ações nos lucros”, enfatiza a equipe.
O Citi destaca que sua projeção de receita para 2025 e 2026 permaneceu praticamente inalterada, com crescimento anual de 7% e 9%, respectivamente. “Fizemos um pequeno ajuste nas despesas, reduzindo nossas estimativas de resultados financeiros e ajustando nossa alíquota efetiva de imposto para 28%. Com isso, continuamos prevendo, respectivamente, lucro líquido de R$ 5,1 bilhões e R$ 5,6 bilhões, em linha com o consenso”, diz.
O banco calcula também que o papel da B3 será negociado a 14 vezes a relação entre preço e lucro para 2025, com um rendimento de dividendos esperado de 6% para este ano. “Em nossa meta, a bolsa seria negociada a 15 vezes, representando um dividend yield próximo a 5%, ficando atrás do rendimento de dois dígitos previsto no início do ano”, afirma a casa.
O Citi diz ainda que, dentro do setor de Mercado de Capitais, seu nome preferido é XP, visto que há espaço para expansão de múltiplos, crescimento dos lucros e melhorias na alocação de capital.