O Citi rebaixou a recomendação da Petz (PETZ3) para venda após revisar suas estimativas depois dos resultados do primeiro trimestre. O banco também cortou o preço-alvo de R$ 4,50 para R$ 3,20, o que representa um potencial de perda de 23,63% ante o fechamento da última quarta-feira (14).
Em relatório, o analista João Pedro Soares, destaca que o papel é negociado com um múltiplo de 41 vezes o preço sobre lucro para 2025 e 29 vezes para 2026, um avaliação “excessivamente exigente”.
O banco considerou em sua avaliação que as perspectivas de crescimento da companhia apresentam uma taxa de crescimento anual composta de 8,2% para três anos e de 7,5% para cinco anos. Além disso, a expansão de margem está limitada e apresenta retorno menor, “à medida que o canal digital de menor margem continua ganhando participação de receita“, explica Soares.
“Embora a fusão com a Cobasi deva permitir que a Petz se torne a fornecedora de baixo custo do setor (em teoria), acreditamos que a concorrência permanece acirrada, especialmente com os marketplaces”, pontua o relatório. A estimativa do Citi é de que as vendas online cresçam entre 9% e 10% contra 7% e 8% para lojas físicas. “Notamos que a adoção online tem sido uma característica do setor e ‘canibaliza’ as lojas físicas”, conclui.
Porém, a casa pondera que a varejista conseguiu retomar o crescimento de suas lojas físicas após um período de crescimento fraco. Mas, a possibilidade de alta para a companhia vem das sinergias que ajudam a ter uma melhor negociação com fornecedores. Um cenário otimista assume sinergias de R$ 225 milhões até 2027.
O Citi também reduziu sua expectativa para o Ebitda de 2025 e 2026 em 6% e 8%, respectivamente. Além disso, o banco aumentou o custo de capital próprio para 15,1% e 14,4% também para 2025 e 2026, respectivamente. Mesmo adicionando o dividendo de R$ 0,6 por papel a ser distribuído após a fusão com a Cobasi, ainda há desvantagem, conclui o banco.