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Apesar da queda nos papéis da Renner (LREN3), Citi eleva recomendação; entenda

Nos últimos dois meses, as ações da companhia acumularam queda de 23%

Apesar da queda nos papéis da Renner (LREN3), Citi eleva recomendação; entenda
Unidade da Lojas Renner na Avenida Paulista, em São Paulo. (Foto: Alex Silva/Estadão)

O Citi elevou a recomendação para as ações da Lojas Renner (LREN3) de neutro para compra após o papel acumular queda de 23% nos últimos dois meses. O banco pondera que continua a debater alguns temas estruturais com investidores, como concorrência e tributação, mas avalia que o pior já passou. O preço-alvo cai de R$ 25 para R$ 24, o que representa um potencial de valorização de 37%,6% ante o fechamento do papel no pregão de terça-feira (15).

Em relatório, os analistas João Pedro Soares, Felipe Reboredo e Sergio Matsumoto destacam que veem uma base de comparação mais fácil para segundo semestre do que para a primeira metade do ano. Eles comentam que a gerência da empresa reconheceu uma melhoria sequencial até o segundo trimestre que continuou em julho. “Com base no crescimento de quatro anos para o segundo trimestre (vendas/loja), estimamos alta de 7% nas vendas no conceito mesmas lojas (SSS) para o terceiro trimestre e 16% para o quarto, contra queda de 7% no segundo”, afirmam.

Entre pontos positivos eles destacam o corte de despesas gerais e administrativas e a redução de despesas com a entrada em operação do centro de distribuição em Cabreuva (atualmente com 60% da capacidade). Os analistas avaliam ainda que os negócios de crédito estão próximos de um ponto de inflexão.

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“A Renner confirmou que a Realize registrou sua menor criação de NPL em 15 meses, enquanto o Desenrola (programa de refinanciamento da dívida do governo) começou a desembaraçar os brasileiros das restrições da dívida. Basta dizer que esta evidência não sugere que uma redução nas taxas de inadimplência da Realize seja iminente, mas acreditamos que dá uma base razoável para assumir provisões menores no terceiro trimestre”, observam. Os analistas estimam um Ebitda do Realize de R$ 16 milhões segundo semestre de 2023 e R$ 136 milhões para o ano fiscal de 2024.

Os profissionais calculam que a ação da varejista está sendo negociada com múltiplos de 12,4 vezes o Preço/Lucro (P/L) previsto para 2024, ante média de 22 vezes dos últimos três anos e a média de 24 vezes dos últimos cinco anos. “Em nossa opinião, esta é uma boa relação de risco/recompensa para um nome de alta qualidade e boa liquidez.

Desafios

O time do Citi avalia, no entanto, que certos desafios estruturais persistem. Eles pontuam que a taxa de crescimento é menor e estimam que o crescimento da receita nos próximos cinco anos em 10% contra a média de 10 anos (pré-pandemia) de 15% ao ano. Para eles, isso reflete principalmente a visão de que a Renner esgotou principalmente as localizações de shoppings premium.

Eles observam que também é improvável que a concorrência melhore, já que a crescente plataforma online asiática está investindo em operações com sede no Brasil. Além disso, a H&M tem sua entrada no Brasil prevista para 2025.

Os analistas destacam ainda que a tributação também deve piorar para todas as empresas que se beneficiam de programas governamentais, crédito presumido e juros sobre capital próprio. Eles estimam que a alíquota efetiva média da Renner tenha sido de 15% nos últimos cinco anos.

“O risco positivo pode vir do fato de o governo potencialmente não revisar a tributação transfronteiriça. Notícias recentes apontam para o governo potencialmente retomando o imposto de importação de 17-20% para compras menores que US$ 50. E qualquer notícia concreta nesta frente pode ser um gatilho para as ações da Lojas Renner”, afirmam.

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