O Citi elevou o preço-alvo da Vivara de R$ 28 para R$ 33, o que representa um potencial de valorização de 32,7% em relação ao último fechamento. A recomendação segue em compra/alto risco. A Vivara (VIVA3) é uma das principais escolhas do Citi no setor. A mudança ocorre após a atualização das estimativas do banco para a varejista antes dos resultados do segundo trimestre de 2025, que inspiram otimismo à casa.
Para o banco, os números devem apresentar melhorias em métricas-chave que deixaram os investidores céticos após o primeiro trimestre. São elas: crescimento mais lento que o previsto na Life; dificuldades na margem bruta, excluindo subvenções fiscais; e estoques elevados e fluxo de caixa livre (FCF) mais fraco. Essas alterações, avalia o Citi, não serão transformadoras, mas devem reanimar a confiança do investidor.
“Vemos a Vivara como uma história com perspectivas de crescimento razoáveis, retorno sobre o capital investido (ROIC) esperado com uma estrutura quase irreplicável voltada para a consolidação da indústria”, diz o analista João Pedro Soares.
As novas estimativas do Citi reduziram ligeiramente em 4% as receitas líquidas consolidadas no segundo trimestre para refletir o menor crescimento orgânico/vendas nas mesmas lojas (SSS) da Life. O mix de produtos de menor margem e o aumento das commodities também levaram o banco a projetar uma margem bruta mais conservadora, embora ainda em expansão, porém de forma gradual. A disciplina em despesas operacionais (OPEX) da companhia também resultou em uma perspectiva de menores custos.
Ainda nas projeções, o Citi espera que a Vivara pague menos impostos, à medida que retoma a dedução de subsídios fiscais estaduais. Estoques mais baixos também estão no radar, com expectativa de normalização ao longo do segundo semestre, o que deve levar a uma redução do capital de giro no período. Para o banco, as vendas da Life devem acelerar para dois dígitos, após os esforços de precificação da companhia o que também devem aliviar a pressão sobre a margem bruta ao melhorar o mix de produtos.
O Citi vê os papéis da Vivara negociados com desconto em relação aos pares, em um múltiplo de 9 vezes o preço sobre lucro de 2026, com rendimento aproximado de 6,8% de FCF para o ano.