O Citi atualizou o modelo de CBA (CBAV3) para incorporar os resultados do primeiro trimestre de 2025 e os preços recentes de alumínio e a valorização do real frente o dólar. As projeções de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, o lucro operacional) foram reduzidas para R$ 1,6 bilhão para 2025 e R$ 1,8 bilhão para 2026, respectivas quedas de 10% e de 8% em relação ao anterior. O banco tem como base as premissas de preços mais baixos de metais e maiores perdas de energia.
Os múltiplos atualizados são de 3 a 3,5 vezes o Ebitda e 5 a 7% de fluxo de caixa livre (FCF) em 2025/2026. Para o Citi, CBA tem um “potencial significativo” de desalavancagem se a empresa puder gerar FCF e trocar dívida por capital próprio.
“O ponto de equilíbrio do FCF está em US$ 2.400 por tonelada de alumínio LME em nosso modelo e o Citi está mais otimista do que isso, prevendo US$ 2.500/tonelada em 2025 e US$ 2.800/tonelada em 2026”, destacam os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott.
O banco mantém recomendação de compra para CBA, mas reduziu o preço-alvo do papel de R$ 10 para R$ 9, ainda com múltiplo de 5,5 vezes para 2025. Apesar do corte, o novo preço-alvo representa ainda um potencial de valorização de 95% em relação ao fechamento de ontem.
“Continuamos comprando CBA, mas reconhecemos a falta de catalisadores de curto prazo até que os preços do alumínio se recuperem até o final do ano”, concluem os profissionais em relatório.