A tarifa efetiva de importação dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros deve ficar próxima de pelo menos 32%, segundo os cálculos do Citi, em relatório. A estimativa, contudo, não inclui as tarifas setoriais, como do aço, que poderiam potencialmente elevar a taxa de tarifa efetiva.
“Por um lado, a tarifa efetiva deve ficar abaixo do nível nominal de 50% anunciado por [Donald] Trump. Por outro lado, isso ainda significa um aumento significativo em relação aos 2,2% antes de abril de 2025″, avalia o banco.
O cálculo foi feito a partir da análise de que cerca de 600 produtos (12%) exportados aos EUA em 2024 estão isentos ao adicional de 40% das tarifas. Esses itens totalizaram US$ 18 bilhões em exportações naquele ano, equivalente a 45% do volume total, e incluem principalmente óleo de petróleo, celulose, ferro-gusa e aeronaves – responsáveis por mais de US$ 10 bilhões. Portanto, o adicional de 40% será aplicado a US$ 22 bilhões (55% das exportações totais).
Para o Citi, é baixa a probabilidade de retaliação do governo brasileiro à sobretaxa, e, até agora, os impactos macroeconômicos são limitados. Adicionalmente, o banco destaca que o Brasil é uma economia relativamente fechada e pouco exposta aos Estados Unidos, com uma parcela significativa das exportações isenta de tarifas, potencialmente limitando os impactos macroeconômicos negativos.
“Enquanto isso, setores e empresas específicos que estão mais expostos às relações comerciais com os EUA tendem a sofrer mais. Nesse sentido, será importante observar os desenvolvimentos em relação ao plano de contingência que deve ser anunciado esta semana”, observa.
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast