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Metais: cobre fecha em alta, mas acumula 4ª queda mensal

A tonelada do níquel saltava 9,26%; enquanto a do alumínio subia 0,85%, na LME

Metais: cobre fecha em alta, mas acumula 4ª queda mensal
Cobre em uma usina de reciclagem de sucata - Foto: Envato Elements

Por André Marinho, Estadão Conteúdo – Os contratos futuros de cobre fecharam em alta nesta sexta-feira, com apoio do enfraquecimento do dólar no exterior, em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tenha que moderar o ritmo de aperto monetário.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro encerrou a sessão com ganho de 2,85%, a US$ 3,5735 a libra-peso e subiu 6,69% na semana, mas caiu 3,68% em julho. Na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h15 (de Brasília), o cobre para três meses avançava 2,26%, a US$ 7.914,00, com alta semanal de 6,93% e queda mensal de 4,04%. Segundo a Dow Jones Newswires, esse é o quarto mês consecutivo de perdas para o metal.

Nesta manhã, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou que a renda pessoal e os gastos com consumo no país cresceram em ritmo mais acentuado que o esperado em junho. Já a inflação o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) – subiu 1% na comparação mensal.

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Já o índice de sentimento do consumidor subiu a 51,5 em julho, de acordo com a Universidade de Michigan. A mesma pesquisa as expectativas para a inflação em 12 meses nos EUA recuaram levemente de junho para julho, de 5,3% para 5,2%, enquanto para o horizonte de 5 anos diminuíram de 3,1% a 2,9%.

Apesar dos dados econômicos fortes, a queda nas expectativas inflacionárias ajudou a pressionar o dólar, o que tende a impulsionar commodities, ao torná-las mais baratas para detentores de outras divisas e, assim, mais atraentes.

Ontem, a informação de que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA encolheu a ritmo anualizado de 0,9% no segundo trimestre já havia reforçado a visão de que o Fed terá que moderar o ritmo de aumento de juros. Na quarta-feira, depois de subir a taxa básica em 75 pontos-base, o presidente do BC americano, Jerome Powell, deixou aberta a possibilidade de abrandamento no aperto.

“Más notícias são boas. Powell disse que a próxima alta de juros será dependente de dados; isso será um indicador importante para um caminho moderador do Fed?” questionou o analista Stephen Innes, da SPI Asset Management, em nota.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio subia 0,85%, a US$ 2.486,00; a do chumbo avançava 1,69%, a US$ 2.040,00; a do níquel saltava 9,26%, a US$ 23.770,00; a do estanho ganhava 3,81%, a US$ 2.520,00; e a do zinco se elevava 4,17%, a US$ 3.309,00.

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*Com informações da Dow Jones Newswires