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Cobre fecha em alta e contrato de Londres bate recorde em dois anos

O cobre subiu pelo quarto pregão seguido, enquanto investidores seguem em alerta para sinais ruins na oferta

Cobre fecha em alta e contrato de Londres bate recorde em dois anos
Foto: Envato Elements

O cobre fechou em alta de mais de 2%, com o contrato negociado na LME atingindo maior nível em dois anos, em meio a especulações sobre aperto na oferta e apoiado pelo dólar fraco no exterior.

O cobre para julho fechou em alta de 2,08%, a US$ 4,6590 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 2,12% por volta das 14h05 (de Brasília), a US$ 10.171 a tonelada, chegando ao maior nível desde abril de 2022, na máxima intraday a US$ 10.178,00 a tonelada.

O cobre subiu pelo quarto pregão seguido, enquanto investidores seguem em alerta para sinais de gargalos na oferta, segundo analistas da SP Angel. A corretora atribui os temores de baixa nos estoques de metal à rejeição da proposta de compra dos ativos da Anglo American pela rival BHP Paribas, na semana passada. Economista-chefe de Mercados da Spartan Capital, Peter Cardillo nota que a correção dos juros dos Treasuries e do dólar no exterior também contribuíram para o rali do complexo de metais nesta segunda-feira.

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Contudo, o Bank of America (BofA) alerta, em relatório, que a alta do cobre pode não se sustentar no curto prazo. Analistas do banco americano frequentaram na semana passada uma conferência focada em discussões sobre o metal no Chile, onde predominaram os temas de aperto do mercado de cobre, uso em tecnologias futuras e a posição da China como maior parceiro comercial da América Latina. Na visão do BofA, os estoques de cobre – principalmente da China – precisam cair para que aconteça um novo rali, mas este não é o cenário observado atualmente.

O banco destaca que refinarias chinesas anunciaram cortes na produção e que os mercados físicos estão fracos, sugerindo que o rali recente do metal se deve a mudanças por especulações de investidores. “Aparentemente a oferta de produtos refinados e importações/exportações cresceu 23,6% no primeiro bimestre, na taxa anual, enquanto a demanda avançou apenas 3% na mesma comparação, aumentando os estoques da China”, calcula.

Entre outros metais negociados na LME, no horário acima, a tonelada do alumínio operava em alta de 1,13%, a US$ 2.589,50; a do chumbo avançava 1,04%, a US$ 2.227; a do níquel subia 0,36%, a US$ 19.320; a do estanho tinha alta de 1,71%, a US$ 32.700; e a do zinco subia 3,47%, a US$ 2.952,50. Contato: [email protected] *Com informações da Dow Jones Newswires