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Cobre fecha em alta nas máximas de 2 anos impulsionado por déficit na produção

As sanções contra os metais russos seguem repercutindo

Cobre fecha em alta nas máximas de 2 anos impulsionado por déficit na produção
Foto: Envato Elements

Os contratos futuros de cobre fecharam em alta acima de 2% nesta quinta-feira (18), chegando nas máximas de dois anos. As sanções contra os metais russos seguem repercutindo, enquanto o déficit no mercado ganha novos contornos. A produção na América Latina é destaque, especialmente pelas dificuldades que enfrenta para ser aumentada no momento.

O cobre para maio fechou em alta de 2,23%, a US$ 4,4365 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 2,03% às 14h08 (de Brasília), a US$ 9.742,00 a tonelada.

O ANZ aponta que os metais enfrentam mais uma vez perturbações no fornecimento e no comércio, à medida que os riscos geopolíticos pairam sobre os mercados de matérias-primas. “Isto aumenta as preocupações em torno da oferta restrita, à medida que os produtores lutam contra custos elevados e preços baixos”, avalia. O banco lembra que os EUA e o Reino Unido anunciaram que LME e a Comex já não podem aceitar cobre, níquel e alumínio russos.

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A Rússia é um dos três maiores produtores mundiais de alumínio e níquel e um grande produtor de cobre. “Os fluxos comerciais destes metais já estavam a ajustar-se às sanções europeias, do Reino Unido e dos EUA à Rússia, após a invasão da Ucrânia em 2022. Quantidades crescentes chegaram à Ásia. No entanto, também tem havido um acúmulo de metal de origem russa nos armazéns da LME, incluindo material fora de garantia”, afirma o ANZ.

No entanto, “esperamos que as sanções interrompam apenas temporariamente o fornecimento. Os preços à vista devem encontrar apoio à medida que os traders lutam por quaisquer metais disponíveis”, projeta. Os analistas estão a aumentar as suas expectativas de déficits para o cobre, com a Cobre Panama saindo do ar e os produtores da América Latina lutando para aumentar a produção, diz SP Angel.

A produção de cobre refinado na China aumentou 8% em março, mas a Aurubis, um fornecedor de metais não ferrosos e reciclador de cobre, está acusando as fundições chinesas de produzirem em níveis inviáveis, diz SP Angel. Os participantes da indústria estão atualmente discutindo o potencial das tarifas para salvar as fundições ocidentais, diz SP Angel.

Entre outros metais negociados na LME, no horário acima, a tonelada do alumínio operava em alta de 1,91%, a US$ 2.619,00; a do chumbo subia 0,78%, a US$ 2.185,00; a do níquel avançava 2,49%, a US$ 18.550,00; a do estanho tinha alta de 4,38%, a US$ 34.205,00; e a do zinco tinha perda de 0,44%, a US$ 2.813,00. Contato: [email protected] *Com informações Dow Jones Newswires.

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