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Cobre fecha em alta atingindo recorde pela tonelada após 2 anos

Ainda que mais contida que no período anterior, as cotações registraram mais um avanço semanal consecutivo

Cobre fecha em alta atingindo recorde pela tonelada após 2 anos
(Foto: Envato Elements)

Os contratos futuros de cobre fecharam em alta hoje, em uma sessão na qual o metal chegou a tocar o nível simbólico de US$ 10.000 a tonelada em Londres, o que não ocorria há dois anos. Ainda que mais contida que no período anterior, as cotações registraram mais um avanço semanal consecutivo. Por sua vez, no momento, analistas avaliam sinais de retomada na produção sul-americana e de uma demanda chinesa mais branda, o que pode segurar o ímpeto do rali.

O cobre para maio fechou em alta de 1,03%, a US$ 4,5640 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 0,55% por volta das 14h00 (de Brasília), a US$ 9.958,50 a tonelada. Na semana, as altas foram próximas de 1%.

A Capital Economics avalia que tem sido um ano “estrondoso” para o metal, no entanto, pensa que o sentimento positivo demonstrado é provavelmente exagerado, especialmente porque há sinais de abrandamento do crescimento da procura nos principais setores consumidores de metais na China. Acreditamos que os preços acabarão por recuar após a recente recuperação, avalia.

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O Commerzbank lembra que a produção das minas de cobre no Chile e no Peru foi mais forte nos primeiros dois meses deste ano do que no ano anterior, embora no caso do Peru isto se deva provavelmente a um efeito de base, após protestos da população terem prejudicado a produção no início do ano passado.

Por outro lado, o banco alemão lembra que indústria não está imune a interrupções inesperadas, como mostrou recentemente o exemplo da mina mais importante do Panamá, que foi fechada devido a protestos da população. “Continuamos, portanto, a ver o preço do cobre bem suportado em níveis em torno de USD 10.000 por tonelada”, conclui.

A gigante de mineração Anglo American rejeitou proposta de compra da concorrente anglo-australiana BHP, com o argumento de que a proposta “subvaloriza significativamente” a empresa e não é atraente para seus acionistas. Em comunicado, o presidente do conselho de administração da Anglo American, Stuart Chambers, disse nesta sexta-feira que a oferta da BHP é oportunista e não valoriza a perspectiva da mineradora de forma apropriada.

Entre outros metais negociados na LME, no horário acima, a tonelada do alumínio operava em queda de 0,14%, a US$ 2.567,50; a do chumbo recuava 0,29%, a US$ 2.203,50; a do níquel avançava 0,08%, a US$ 19.200,00; a do estanho tinha queda de 0,70%, a US$ 32.430,00; e a do zinco recuava 0,02%, a US$ 2.849,00.